sábado, 26 de novembro de 2011

Filme #7 - Sábado - 26/11/11

O filho de Jo (Le Fils à Jo, 2010)




Peguei esse filme por seu apelo óbvio, o rugby, mas acabou sendo uma grata surpresa assistir a um filme leve, divertido, que fala também de paixão, dedicação e relações familiares.
Comecei a me interessar por Rugby em 2008, quando minha mãe, voltando de uma viagem à França, me trouxe um agasalho da Copa do Mundo de Rugby de 2007. Eu sabia mais ou menos do que se tratava o esporte, mas acabei procurando saber mais. Em 2009, jogava futebol com um cara que treinava rugby em Juiz de Fora. Dizia que iria, mas sempre desanimava. Até que em 2010, com a onda pós-Invictus, aconteceu uma partida do Campeonato Mineiro de Rugby em Juiz de Fora e eu fui assistir. Na semana seguinte eu já estava treinando e me apaixonei pelo esporte. Em 2011, cheguei a disputar o mineiro pelo JF Rugby, mas me lesionei em maio e já se vão 7 meses parado. Por isso, assistir jogos, jogar rugby no video-game e assistir filmes que tratem do rugby tem sido um bom meio de permanecer em contato com o esporte (mas em 2012 eu tô de volta).
O Filho de Jo é diferente dos outros principais filmes sobre o Rugby por que trata o esporte como uma coisa menos mitificada. Invictus tem toda a carga simbólica, de unir a nação sulafricana e tals, e Para sempre Vencedor transforma o Rugby numa coisa quase religiosa (não por acaso, já que conta a história de um time que era dirigido por um famoso pregador mórmon. Em uma sequência, um personagem fala "O verdadeiro Rugbier não bebe álcool". Eu quase escangalhei de tanto rir...). Além disso, o Rugby no Brasil é fortemente influenciado pelo Rugby inglês (que é a principal influência do Rugby de nossos vizinhos - Argentinos). O rugby inglês é muito tradicionalista, mas em alguns momentos é tão respeitoso que chega a ser frio. Em O filho de Jo, vemos o rugby francês, que é mais vibrante, onde a torcida grita na hora do penal e xinga o juiz. Tem muito mais a ver com nosso país do que o respeito excessivo dos britânicos e hermanos. Alguns temem esse tipo de coisa. Dizem que se o Brasil enveredar por esse caminho, o rugby brasileiro pode se tornar mais uma "jabuticaba". Pois eu digo: que se torne! Adotemos a Jabuticaba como símbolo da nossa seleção. Não quer dizer que teremos um rugby vergonhoso como o futebol brasileiro, e sim que não precisamos ficar de macacos de imitação de ingleses ou argentinos. Podemos ser respeitosos E desontraídos. Não precisamos de tanta formalidade, não precisamos ser tão solenes - principalmente enquanto torcedores.
Digressões a parte, o filme é um pouco sobre filhos seguirem seus próprios caminhos, mesmo que seja para fazer a mesma coisa que os pais. Pensemos nisso.

PS: Esse filme eu assisti com legendas em inglês, mas sei que alguns colegas do meu time não dominam o idioma. Por isso, estou aos poucos traduzindo as legendas para o português brasileiro. Deve demorar um pouco, mas quando estiver pronto eu coloco aqui no Blog.

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