domingo, 25 de março de 2012

Resumão #2

Muitas pessoas têm perguntado porque o blog está parado (mentira, na verdade foi só o Dario...). A realidade é que não tenho assistido filmes. Nenhum. Porém, não significa que eu estou em uma bolha vegetando ou que estou vivendo para o trabalho. Nesses últimos dois meses, tenho jogado muito, lido muito e assistido a um tanto de seriados. Vou fazer um resumão com tudo isso:


Jogo #02 - 

The Elder Scroll V: Skyrim



Esse jogo me chegou às mãos no final de dezembro, já com a medalhinha de jogo do ano. Decidi guardar para janeiro, e no dia primeiro, quando a Céci foi para o plantão, comecei a jogar... Resultado: Joguei por 20 horas direto! E isso foi algo que foi se repetindo ao longo das semanas. Os cenários são lindos, as animações funcionam bem, a jogabilidade é simples... A história parece que nunca vai ter fim, e uma trama vai abrindo outra e mais outra... 
Porém... Quando estava prestes a encerrar a história principal (após já ter matado praticamente todas as histórias paralelas), comecei a perceber que o jogo tinha vários defeitos. O principal deles, em minha opinião, é o excesso de protagonismo do personagem principal. Se você vai jogando todas as missões que são oferecidas, você se torna arqui-mago do Colégio de Magia, chefe da maior guilda de ladrões do reino, chefe e salvador da guilda de assassinos, barão de duas cidades-estado, membro de umas 4 ou 5 sociedades secretas (liderando quase todas)... Isso sem contar que você é o último descendente de uma linhagem de pessoas especiais com o poder de matar dragões... Parece que a vida em Skyrim era uma pasmaceira até a chegada de  Cynan (o nome do meu personagem...). Alguns argumentam que isso é parte do jogo aberto, que você não precisa se tornar isso tudo, que pode fazer escolhas... Porém, as coisas não são bem assim. Se você não segue essas missões secundárias, dificilmente vai conseguir ter experiência para encarar a missão principal. As missões de miscelânea até podem ser ignoradas, mas as missões secundárias são parte do caminho do jogo, ou seja, são praticamente obrigatórias para a missão principal. 
Não bastasse isso, a tal missão principal, que envolve matar dragões e viagem no tempo, é chatinha... Bem pior do que a missão da guerra civil, por exemplo. No entanto, a missão da Guerra Civil se completa mais ou menos com 1/3 do jogo... E o que vem depois fica com aquela sensação de que poderia ser bem melhor... Afinal, depois do auge, tudo que vier é decadência. 
Por fim, ainda pesa no jogo o fato dele não assimilar as mudanças no mundo que acontecem durante o gameplay. Ora, eu me juntei ao império, subi ao ranking de Legado ao exterminar os rebeldes Stormcloaks... Mas qualquer guardinha de rua, mesmo depois disso, fica tentando me intimidar, e volta e meia aparece algum rebelde tardio falando dos feitos do Ulfric pra mim... Nisso, o jogo podia ter sido bem melhor...

Jogo #03

Star Wars - The Force Unleashed



Esse é um jogo antigo, mas como só recentemente comprei o XBox 360, ainda não tinha jogado. A história se passa entre os episódios III e IV da série cinematográfica, e conta a história do aprendiz secreto de Darth Vader, chamado de Starkiller. Como é material oficial da Lucas Arts, é canônico, então é essencial para qualquer fã de Guerra nas Estrelas como eu. 
O jogo é curto, e tem méritos inegáveis. Além da história envolvente, seu sistema de dificuldades é realmente calibrado. Fechei o jogo duas vezes (até mesmo para assistir aos dois finais diferentes que o jogo traz). Na primeira, fui para a dificuldade mais difícil, e demorei uns 4 finais de semana para conseguir chegar ao ponto de derrotar o Darth Vader e assumir seu lugar como aprendiz do Imperador. Da segunda, coloquei na dificuldade mais fácil, pois estava mais interessado em assistir ao final Light Side. Foram 7 horas e 30 minutos seguidos para chegar até o Imperador, derrotá-lo, ser morto e plantar a semente da Aliança Rebelde... 
O único defeito do jogo, em minha opinião, é o sistema de câmeras, que faz com que você se perca durante alguns combates. Fora isso, vale a pena demais. 

Livro #01

Guerra nas Estrelas - Herdeiros do Império (Star Wars - Heir to the empire) - Timothy Zhan



Continuando no universo criado por George Lucas, finalmente consegui ler esse que é tido como a continuação natural para a trilogia clássica. Primeira parte da chamada Trilogia Thrawn, por conta de seu carismático vilão, o Grande Almirante Thrawn, o livro conta o que aconteceu logo depois da destruição da segunda Estrela da Morte. Os esforços para se estabelecer a Nova República, a recusa de alguns generais do Império em admitir a derrota... Tudo isso já seria interessante o bastante. Porém, além disso tudo, somos surpreendidos pelo fato de que Timothy Zahn sabe escrever! Isso foi uma surpresa pra mim, que achava que seria somente uma Fan-Fic com boas ideias. O livro é agradável e, se não é nenhuma obra de arte, também não é daqueles que deixam o leitor com vergonha alheia. Recomendo demais para todos os fãs.

Seriado #02

The Clone Wars 



Pra fechar a overdose de Guerra nas Estrelas, também encarei a terceira e a quarta temporada da série animada The Clone Wars, que narra os conflitos durante a guerra que acontece entre os episódios II e III da Saga. Muita gente desanimou durante a primeira temporada, que pesava demais no uso dos dróids de combate como alívio cômico e soava muito infantil (eu mesmo quase desisti). Na segunda, isso já vinha diminuindo, e a partir da terceira não temos vestígios disso. É claro, ainda é uma série irregular, com episódios muito bons e outros bem fraquinhos. Mas, no geral, vale a pena acompanhar os desenhos. 
O final da quarta temporada trouxe de volta o vilão do Episódio I, Darth Maul. Embora isso fosse desnecessário, não foi tão ruim como todos imaginavam. Dentro da ideia estapafúrdia, tudo foi feito com alguma coerência e acabou por aumentar o destaque das Bruxas de Dathomir e Assajj Ventress, personagens bem interessantes. O ponto de encerramento da temporada faz link com várias coisas que já foram vistas nos quadrinhos, como a minissérie Obsessão. Mais uma vez: não é uma obra prima, mas vale a pena para os fãs.

Seriado #01.5

The Walking Dead



Em dezembro eu já tinha começado a comentar essa segunda temporada do seriado de zumbis, que então estava entrando em pausa. Na última semana a temporada finalmente chegou a seu fim, com reviravoltas que já se arrastavam nos últimos episódios. O antepenúltimo e o penúltimo episódios tinham sido espetaculares, o que gerou grande expectativa em torno do season finalle. Expectativa essa que, infelizmente, não se cumpriu. O episódio derradeiro era mal escrito, com diálogos que estupravam a essência de personagens que vinham sendo construído ao longo dos 18 episódios anteriores. O justo líder Rick acena para a tirania, a bondosa  e quieta Carol se torna intriguenta... Parece que os produtores perderam os roteiros e tiveram que improvisar na hora.
Aguardo ansiosamente pela terceira temporada, porque esse episódio final deixou um gosto ruim na boca...

E foi basicamente isso que fiz no final de fevereiro e em março...

segunda-feira, 12 de março de 2012

Filme #67 - Segunda-feira - 13/03/12

Jumper (2008)



Após um mês sem assistir nenhum filme (mas li 2 livros, joguei muito video-game e ainda trabalhei bastante), acabei assistindo essa porcaria que estava passando na Tela Quente. Pior, já tinha visto uma vez, e acabei vendo de novo... Só de ver a cara do Hayden Christensen me dá uma raiva de lembrar o Anakin chorão que ele fez na nova trilogia Star Wars...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Filme #66 - segunda-feira - 13/02/12

Meu nome é Taylor, Drillbit Taylor (Drillbit Taylor, 2008)



Sabem o que é pior do que perder tempo vendo um filme bobo? É vê-lo pela segunda vez. Esse é um filme bem bobinho, uma comédia pra pré-adolescentes que fala sobre um dos temas da moda: bullying. Tem jeito de que vai se tornar um daqueles clássicos da Sessão da Tarde. Antes isso do que aqueles filmes das gêmeas...

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Filme #65 - domingo - 12/02/12

A soma de todos os medos (The sum of all fears, 2002)


Baixei AQUI.


Finalmente chego ao fim da "maratona" Jack Ryan, com esse que era justamente o único dos 4 filmes que eu já tinha assistido. Porém, somente ao revê-lo descobri que ele na verdade é um reboot do personagem. O Ryan deste filme (agora interpretado por Ben Affleck) se aproxima mais do personagem vivido por Alec Baldwin do que o que Harrison Ford fez em seus dois filmes. 
Não sei o que os fãs antigos acharam. Talvez tenha rolado muito mimimi, como foi quando decidiram "rebootar" o James Bond, porém acho que esse é o melhor dos 4 filmes. Tem mais ação, mais tensão, uma trama mais densa... Se tivesse que assistir somente a um, escolheria esse. 

Filme #64- sábado - 11/02/12

A era dos dragões (Age of the Dragons, 2011)



Baixei AQUI.

A ideia de se adaptar Moby Dick para um cenário de fantasia medieval não era ruim. Porém, esse filme esbarrou em três obstáculos. O primeiro foi a própria adaptação, que não conseguiu captar os conflitos de Ahab e sua tripulação, fazendo com que todos se tornassem loucos ou lamurientos como se fossem emos. O segundo foi o elenco. Danny Glover está péssimo. Quando a melhor atuação do filme todo é do Vinnie Jones, a coisa não está boa... E, pra finalizar, os efeitos especiais são medonhos, causando constrangimento toda vez que os dragões aparecem... Enfim, pelo menos o filme é curto.
Não vale nem como passatempo. 

Filme #63 - sexta-feira - 10/02/12

Guerra ao terror (The hurt locker, 2008)



Baixei AQUI.

Quando esse filme tirou de Avatar o Oscar principal de 2010, muita gente se surpreendeu. Pois, se eu já não achava a super-produção de James Cameron grandes coisas, após finalmente assistir a esse filme eu tenho a sensação de que a justiça foi feita. Guerra ao terror é um excelente filme de guerra. Gosto muito desses filmes que tiram o foco do recruta normal e colocam o conflito na visão dos especialistas. Foi assim com o ótimo Círculo de Fogo (Enemy at the gates, 2001 - tem AQUI pra baixar), que mostra a II Guerra pela visão de snipers, e em Guerra ao Terror temos o Iraque sob a ótica dos especialistas em desarmar bombas. 
O filme faz uma reflexão sobre os motivos da guerra, sobre a dificuldade em se detectar os inocentes na guerra moderna e, mais ainda, sobre como algumas pessoas passam a se sentir mais a vontade naquele cenário do que na paz.
Recomendo.  

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Filme #62 - quarta-feira - 08/02/12

A bela adormecida (Sleeping Beauty, 2011 - Já achei também como Beleza adormecida)


Baixei AQUI.

Nós sempre pensamos em cinema enquanto imagem com movimento e som, por isso causa estranheza quando aparece um filme como esse, que dispensa a trilha sonora e abusa dos planos abertos praticamente estáticos. A história começa interessante, e o filme tem uma boa premissa, que infelizmente vai se tornando aborrecida com o passar do tempo. Vale pela belíssima Emily Browning, que talvez seja uma das mulheres mais bonitas de Hollywood na atualidade. 

Filme #61 - segunda-feira - 06/02/12

O grande Dave (Meet Dave, 2008)



Demorei a comentar, mas esse filme também não é nada demais. Eddie Murphy faz um tipo de comédia claramente ultrapassado, mas que eu gosto. Norbit é um filme que sempre me arranca risadas, e vejo sempre que está passando. Porém, esse filme é bem mais fraco. Parece aquele tipo de "diversão para toda a família", sem sal nem tempero. Na verdade, não sei como aguentei ficar acordado até a 1h da manhã assistindo isso...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Jogo #01 - quarta-feira - 01/02/12

007: Blood Stone (2010)



Esse jogo eu peguei na troca de uma compra infeliz. Ao ver em uma prateleira a versão para XBox 360 do clássico Shadowrun, comprei sem mais referências. Pois o jogo era uma bomba - em nada lembrava o Shadowrun de SNES - e 2 dias depois eu voltava à loja para me desfazer do entulho. E aí decidi arriscar no bom e velho James Bond, que produziu clássicos para diversos consoles.
O jogo é muito divertido, embora seja um pouco fácil em alguns momentos, nas horas difíceis ele compensa. Tem para todos os gostos: tiroteios, investigação, stealth e muitas perseguições (talvez a parte mais trabalhosa para mim). A trama é bem típica dos filmes de 007 e os gráficos conseguem transportar o jogador para o mundinho, com Bond bem parecido com o ator Daniel Craig mesmo... A abertura com a música de Joss Stone nos faz acreditar que esse é realmente mais um episódio da série.


O jogo tem 3 pontos negativos: o primeiro é a repetição de fórmula - as fases geralmente começam com stealth, passam pra tiroteio e terminam em perseguição de carros. O segundo problema é a duração do jogo - muito curto. A história acaba ficando inconclusa. Podia ter mais algumas horinhas. E o último é a Bond Girl - sem carisma, parece não ter sido construída com o mesmo cuidado dos demais protagonistas, talvez por falta de uma atriz para servir de base. Poderia comentar também a ausência de um daqueles vilões típicos dos filmes de 007, mas parece que essa é uma tendência também dos filmes da série. Uma pena.
O multiplayer é divertido, porém as salas são vazias, talvez por não ser o principal atrativo do jogo. Esse não é um daqueles jogos que você TEM que ter, mas também não é uma compra ruim. Vale para aqueles que - como eu - são viciados no personagem. 

Filme #60 - terça-feira - 31/01/12

Simonal - Ninguém sabe o duro que dei (2009)



Baixei AQUI

Mais interessante do que simplesmente conhecer a história de Wilson Simonal (que já não é pouca coisa), o bacana desse documentário é entender a crueldade do chamado "Cemitério dos Mortos-vivos" instituído pelos intelectuais de esquerda dos anos 60 e 70. A patrulha ideológica que forçava o posicionamento de todos - não importando se eles desejam ou não se posicionar publicamente. O pior é que esse tipo de patrulhamento não desapareceu. Ele está mais difuso, mais sutil, mas continua existindo. Segue a narrativa que coloca uma tendência política como O bem e a outra como O mal. Que se cuidem os não-alinhados, os politicamente incorretos, os que não rezam de acordo com a cartilha pré-estabelecida...
A história verdadeira de Simonal parece envolta em boatos, em versões conflitantes e muita fanfarronice por parte do cantor. A verdade dificilmente será conhecida.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Filme #59 - terça-feira - 31/01/12


Bruna Surfistinha (2011)



Baixei AQUI

Filminho chinfrim. Como drama, é chatinho, não nos envolve, não nos atrai. Como filme "erótico", não excita, apesar de todas as cenas de nudez e insinuação de sexo. A atuação de Débora Secco não conseguiu dar cor à vida da ex-prostituta, e o roteiro não conseguiu passar da superficialidade do relato sem contexto. Não cheguei a ler todo, mas - pelo que li ao folhear numa livraria - o livro não passa de um amarrado de relatos eróticos mal escritos. Acho que a ideia de adaptar isso para o cinema já começou toda errada...  Esse filme é daqueles que será esquecido em poucos anos.

Filme #58 - terça-feira - 31/01/12


Cilada.com (2011)



Baixei AQUI

O perigo desses filmes baseados em programas de TV é cair no episódio ampliado, quando se mantem a fórmula do show e só muda a duração. Aconteceu isso com Os Normais, com A grande família - o filme e até com Os Simpsons. Cilada.Com não tem o mesmo modelo do programa Cilada, da Multishow, tampouco do quadro do Fantástico, mas isso não é necessariamente uma coisa boa. A interação entre protagonista e público e o formato meta-documentário foram abandonados, mas em seu lugar o que veio foi um dos clichês mais clássicos das comédias românticas: o homem que não fala "eu te amo". 
O filme até tem boas piadas, mas não é muito mais que isso. Vale pra uma tarde chuvosa e só.

Filme #57 - terça-feira - 31/01/12

Besouro Verde (The Green Hornet, 2011)



Tem AQUI pra baixar. 

Eu nunca assisti o seriado de TV original (que é famoso por ter revelado Bruce Lee para as telas), muito menos ouvi o seriado de rádio, mas gostei bastante dessa comédia. Sim, comédia! O filme é uma paródia das histórias do milionário que decide se tornar super-herói. Em vários aspectos, me lembrou Kick-Ass. O diálogo entre James Franco e Christopher Waltz no início do filme vale a película. Temos aqui um excelente filme para as "Sessões da Tarde" da próxima década. 

Filme #56 - terça-feira - 31/01/12

O homem que copiava (2003)



Quando eu tirei o VIPs, estava passando na Globo O homem que copiava, filme que eu já tinha assistido no cinema na época em que foi lançado, e - apesar de ter perdido os 10 primeiros minutos - acabei vendo até o final. Gosto bastante do filme, que sabe trabalhar bem a fantasia e o real. Na primeira meia-hora do filme, Furtado parece preso àquela montagem repetitiva que o consagrou em Ilha das Flores, mas depois ganha cara própria com sua trama cheia de viradas mirabolantes...
Uma coisa que eu nunca tinha reparado é na qualidade das atuações, principalmente de Lázaro Ramos e Leandra Leal. Os dois fazem um casal de tímidos, sempre de um modo tão constrangido um com o outro que é brilhante. Nesse campo, destoam a Luana Piovani (pela ruindade mesmo) e Pedro Cardoso (que, talvez por estar interpretando um personagem com o mesmo nome que ele, parecia estar no automático, fazendo um novo Agostinho, somente um pouco mais contido). Jorge Furtado tem as manhas de fazer um cinema que serve para o entretenimento sem perder a qualidade (como também em Houve uma vez dois verões, filme que eu adoro). Recomendo mesmo que acabe quase as 4 da manhã. 

PS: Acabei me lembrando desse curta-metragem, também clássico, de Jorge Furtado:

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Filme #55 - terça-feira - 31/01/12

VIPs (2011)



Baixei AQUI

No final do filme, aparece a mensagem: "Essa é uma obra de ficção baseada no livro 'VIPs - Histórias Reais de um mentiroso', de Mariana Caltabiano". Mais justo seria dizer: essa é uma obra de ficção barata que rouba alguns episódios do livro e inventa o resto para não ter que se aprofundar na questão fundamental: porque o cara fazia isso tudo? A resposta: porque ele podia. Porque era fácil. Porque as pessoas são ingênuas, querem tirar vantagem...
O filme é bem fraco, mas o Wagner Moura consegue ter uma boa atuação - como sempre. A produção podia se preocupar mais com a verossimilhança (na cena onde Bizarro canta em um puteiro no Paraguai, as mulheres parecem todas assistentes de palco do Caldeirão do Huck. Essa pessoa obviamente nunca entrou em um puteiro, e nem nunca foi ao Paraguai...). Não vale o tempo perdido. Melhor assistir Prenda-me se for capaz (Catch me if you can, 2002, AQUI pra baixar), que conta a história de um picareta do mesmo naipe, porém com melhor direção e mais respeito aos fatos reais.

Filme #54 - segunda-feira - 30/01/12

Pumas de bronze, coração de ouro (Pumas de bronce, corazón de oro, 2008)


Tem AQUI pra baixar.


Alguns podem se perguntar porque me apaixonei pelo rugby, e histórias como a desse documentário é o que mais se aproxima de uma resposta. É impossível não se envolver no drama da campanha da Argentina na Copa de 2007, quando eles passaram de azarões até chegar ao inédito terceiro lugar no mundial. Cada corte, cada tackle, cada preleção é um momento mágico, que nos faz entender a superação dos Pumas. 
Recomendo a todos que gostem de esportes, independente de conhecerem o rugby. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Filme #53 - domingo - 29/01/12

Inferno Vermelho (Red Heat, 1988)



Já era madrugada de sábado pra domingo e eu tinha acabado de assistir dois filmes na sequência mas, ao zapear, peguei esse filme ainda nos créditos iniciais (logo, perdi a primeira cena, da luta na sauna). Até comemorei, pois estou tentando pegar esse filme no torrent e a transmissão não andou nem um bit em uma semana. Como eu disse, alguns filmes de Schwarza são de um humor involuntário. Aqui, a ideia era mesmo misturar ação e humor, já que co-protagonista é o comediante James Belushi (que nos anos 80 parece ter se especializado nesse tipo de Cross-Over). A atuação "mecânica" de Arnold fazia com que ele fosse um candidato perfeito para o papel de robôs, e os russos eram representados no cinema americano dos anos 80 ou como Bons Selvagens ou como Autômatos escravos do Sistema.
A trama é rasa, mas o filme é mais assistível do que alguns outros clássicos de ação da época.

PS: Lawrence Fishburn faz uma ponta aqui séculos antes de Matrix, e Ed O'Ross faz o vilão russo, o que o preparou pra ser o Nikolai, do A Sete Palmos (Six Feet Under).   

Filme #52 - sábado - 28/01/12

S.W.A.T. - Comando Especial (S.W.A.T., 2003)


Apesar de ser meio antigo, eu não tinha visto esse filme. Baseado na série de TV antiga, ele é mais um genérico do que uma homenagem. Aliás, tudo nesse filme é genérico. Michelle Rodriguez faz papel de Michelle Rodriguez, Colin Farrell fazendo mais uma vez Colin Farrell, Samuel L Jackson atuando no automático... Enfim, não tava perdendo nada em não ver esse filme...

sábado, 28 de janeiro de 2012

Filme #51 - sábado - 28/01/12

True Lies (1994)



Esse é um daqueles filmes que, se está passando, eu sempre paro para assistir. Hoje passou na FX e eu não podia deixar de prestigiar o Governator. A carreira de Schwarzenegger tem duas facetas: uma séria (muitas vezes marcada pelo humor involuntário, como em Predador e Comando para Matar), outra completamente galhofa (que começa com Um tira no Jardim da Infância e passa por O último grande herói - dois clássicos). É claro que o 'gigante pra ninguém botar defeito' também tem bons filmes. Vingador do Futuro é uma ficção científica classe A, e a série Exterminador do Futuro marcou uma época.
True Lies brinca com todos os clichês dos filmes de espionagem e dos filmes de ação, com direito a explosões e uma trama rocambolesca. Pena que o diretor James Cameron abandonou os bons filmes em nome do pretensioso (e aborrecido) Avatar.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Filme #50 - quinta-feira - 26/01/12


Magnólia (Magnolia, 1999)



Baixei AQUI

Esse filme é um soco no estômago. Lembro que quando vi pela primeira vez quase morri de tanto chorar no cinema. Quase 12 anos depois eu vejo de novo e ele ainda tem o mesmo impacto. Atuações fantásticas, direção cirúrgica, trilha sonora perfeita. Se você ainda não assistiu, pare tudo e veja AGORA.
PS: Fiquei pensando: como esse filme não ganhou o Oscar em 2000. A minha surpresa foi maior quando vi que ele nem foi indicado. Aí fui ver que era o ano de Beleza Americana, outro filmaço. Mas pelo menos entre os 5 melhores do ano ele devia estar... (É muito melhor que Regras da Vida e O sexto sentido).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Oscar 2012

Saiu a lista. As grandes ausências, na minha opinião, são O espião que sabia demais e Tudo pelo poder na categoria de melhor filme. Os grandes favoritos são Os descendentes e O artista, mas ainda não assisti nenhum dos dois.
Todos os anos (acho que desde 97 ou 98) eu e o Dario Lima (@dario_lima) apostamos em quem vai acertar mais vencedores do Oscar... A graça está em chutar nas categorias mais bizarras e tentar jogar com lógica nas clássicas. Se alguém se animar, é só falar.
Seguem os indicados:


Melhor filme
"Cavalo de guerra"
"O artista"
"O homem que mudou o jogo"
"Os descendentes"
"A árvore da vida"
"Meia-noite em Paris"
"História cruzadas"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tão forte e tão perto" 


Diretor
Michel Hazanavicius - "O artista"
Alexander Payne - "Os descendentes"
Martin Scorsese - "A invenção de Hugo Cabret"
Woody Allen - "Meia-noite em Paris"
Terrence Malick - "A árvore da vida"


Melhor roteiro original
"O artista"
"Missão madrinha de casamento"
"Margin Call"
"Meia-noite em Paris"
"A separação"


Roteiro adaptado
"Os descendentes"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Tudo pelo poder"
"O homem que mudou o jogo"
"O espião que sabia demais"


Melhor ator
Demián Bichir - "A better life"
George Clooney - "Os descendentes"
Jean Dujardin - "O artista"
Gary Oldman - "O espião que sabia demais"
Brad Pitt - "O homem que mudou o jogo"


Melhor atriz
Glenn Close - "Albert Nobbs"
Viola Davis - "Histórias Cruzadas"
Rooney Mara - "Os homens que não amavam as mulheres"
Meryl Streep - "A Dama de Ferro"
Michelle Williams - "Sete dias com Marilyn"


Ator coadjuvante
Kenneth Branagh - "Sete dias com Marilyn" 
Jonah Hill - "O homem que mudou o jogo"
Nick Nolte - "Warrior"
Max Von Sydow - "Tão forte e tão perto"
Christopher Plummer - "Beginners"


Melhor atriz coadjuvante
Octavia Spencer - "Histórias cruzadas"
Berenice Bejo - "O artista"
Jessica Chastain - "Histórias cruzadas"
Janet McTeer - "Albert Nobbs"
Melissa McCarthy - "Missão madrinha de casamento"


Melhor animação
"A Cat in Paris"
"Chico & Rita"
"Kung Fu Panda 2"
"Gato de Botas"
"Rango"


Maquiagem
"Albert Nobbs"
"Harry Potter"
"A dama de ferro"


Fotografia
"O artista"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"A árvore da vida"
"Cavalo de guerra"


Edição
"O artista"
"Os descendentes"
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"


Efeitos visuais
"Harry Potter e As Relíquias da Morte - parte 2"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Gigantes de aço"
"Planeta do macacos"
"Transformers: o lado oculto da lua"


Direção de arte
"O artista"
"Harry Potter"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Meia-noite em Paris
"Cavalo de guerra" 


Figurino
"Anonymous" 
"O artista"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Jane Eyre"
"W.E." 


Edição de som
"Drive" 
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"Transformers: o lado oculto da lua"
"Cavalo de guerra"


Mixagem de som
"Os homens que não amavam as mulheres"
"A invenção de Hugo Cabret"
"O homem que mudou o jogo"
"Transformers: o lado oculto da lua" 
"Cavalo de guerra"


Melhor filme em língua estrangeira
"Bullhead" - Bélgica
"Footnote" - Israel
"In Darkness" - Polônia
"Monsieur Lazhar" - Canadá
"Separação" - Irã 


Trilha sonora original
"As aventura de Tintim" - John Williams
"O Artista" - Ludovic Bource
"A invenção de Hugo Cabret" - Howard Shore
"O espião que sabia demais" - Alberto Iglesias
"Cavalo de guerra" - John Williams


Canção original
"Man or Muppet", de "Os Muppets", música e letra de Bret McKenzie
"Real in Rio", de "Rio", música de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett


Documentário (longa-metragem)
"Hell and Back Again"
"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front"
"Paradise Lost 3: Purgatory"
"Pina"
"Undefeated"


Documentário (curta-metragem)
"The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement"
"God Is the Bigger Elvis"
"Incident in New Baghdad"
"Saving Face"
"The Tsunami and the Cherry Blossom"


Curta-metragem de animação
"Dimanche"
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" 
"La Luna" 
"A Morning Stroll" 
"Wild Life" 


Curta-metragem
"Pentecost" 
"Raju" 
"The Shore" 
"Time Freak" 
"Tuba Atlantic"

Filme #49 - terça-feira - 24/01/12

Perigo real e imediato (Clear and present danger, 1994)



Baixei AQUI.

Ao final da Guerra Fria, os escritores de espionagem ficaram meio perdidos, sem saber quem usar de vilão agora que os russos eram "amigos". No final da década de 80, parece que o inimigo mais indicado era o narcotráfico. James Bond sofreu nas mãos dos traficantes em 007 - Permissão para matar (007 - License to kill, 1989 - Bond nem sofreu tanto, comparado com os fãs que tiveram que aturar esse filme horroroso) e aqui Jack Ryan vai combater os malvados criminosos colombianos também (apesar do filme ter saído em 94, o livro é de 89). 
O elenco teve um plus, com Joaquim de Almeira fazendo um papel que ele praticamente iria repetir na segunda temporada de 24 horas (o que mostra para os americanos, latino é tudo igual - até português. Se bem que ele também já fez Sherlock Holmes em filme brasileiro, o que talvez mostre que - para nós - europeu também é tudo igual...) e Willen Dafoe faz um militar de campo. Mas a grande diferença desse filme para os anteriores é o protagonista. Aqui vemos um Jack Ryan mais agente da CIA e menos analista-diletante-que-cai-de-paraquedas. E já adianto: ainda tenho que rever o quarto e último filme, mas pelo que me lembro, acho que esse é o melhor da série. Até a direção está melhor e as cenas de ação foram sensivelmente incrementadas.  
Comentei que O espião fantasma tinha o clima de Call of Duty: Modern Warfare, mas esse tem uma cara de Call of Duty: Black Ops, com suas missões secretas sendo negadas pelo governo. Se tiver que ver um só do Jack Ryan, veja esse. 

PS: Eu comentei a patriotada em Segurança Nacional, e é impressionante como nesse filme - que tem Harrison Ford enrolado na bandeira americana no cartaz e a bandeira tremulando na primeira cena - ela incomoda menos. Questão de saber fazer.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Filme #48 - segunda-feira - 23/01/12

Segurança Nacional (2010)



Baixei AQUI.

Como eu disse, existe um estilo de cinema que as pessoas identificam como hollywoodiano. Quando os brasileiros tentam copiar esse estilo, raramente dá certo. Aqui, o filme pesa a mão na patriotada. Tem tomadas enormes da bandeira brasileira em câmera lenta, bem como o hino cantado pela cantora mequetrefe Marina Elali... Além disso, não existe o menor cuidado com a produção. O texto que surge ao final do filme tem erros de digitação. As atuações são vergonhosas...
Enfim, o filme é uma hora e meia de constrangimento. 

Filme #47.5 - segunda-feira - 23/01/12

Superman e Shazam - O retorno de Adão Negro (Superman & Shazam - The return of Black Adam, 2010)



Baixei AQUI.

Esse é o último desenho da nova leva da DC Comics que faltava para eu assistir. Entrou como "meio filme" pois é um curta-metragem, de apenas 24 minutos. O desenho mostra a origem do Capitão Marvel (chamado erroneamente de Shazam, tanto aqui quanto nos EUA) quando seu arqui-rival Adão Negro consegue retornar a terra. 
É a animação mais fraca dessas últimas. Basicamente é só uma grande cena de luta. Vale pela presença de um dos meus vilões favoritos. 
(Top 5 vilões de quadrinhos favoritos:

1- Coringa
2- Dr Destino
3- Adão Negro
4- Magneto
5- Lex Luthor)

Filme #47 - segunda-feira - 23/01/12

O espião fantasma (The double, 2011)


Baixei AQUI.

Curti a premissa desse filme. Gosto dos filmes novos de espionagem que voltam a colocar os russos enquanto vilões, numa espécie de retomada da Guerra Fria. É mais ou menos o cenário da série de jogos Call of Duty: Modern Warfare. Apesar de hoje em dia a Rússia ter menos habitantes que o Brasil e um exército bem menos impressionante do que nos anos 70 e 80, o conflito americanos X soviéticos preserva seu carisma.
Logo, como dá pra ver, fui com a maior boa vontade para esse filme. E ele até tem pontos positivos. A ideia central do filme é bem bacana, mas não é bem executada. O filme tem dois plot twists: o primeiro deles acontece cedo demais, o segundo é absurdo demais. Além disso, Topher Grace não consegue convencer em nenhum papel que não seja o de Eric Forman... Consegue ser pior do que o fraco Richard Gere... 
Enfim, o filme não chega a ser muito ruim, mas também não é bom. É do tipo: se estiver passando, e você não tiver nada pra fazer, assista. Se não, não fará nenhuma falta...

domingo, 22 de janeiro de 2012

Filme #46 - domingo - 22/01/12

Jogos Patrióticos (Patriot Games, 1992)



Baixei AQUI

Mais um filme de Jack Ryan. Esse poderia ter como sub-título "Antes da Fama". Vemos aqui um Sean Bean antes de O senhor dos anéis, Samuel L. Jackson antes de Pulp Fiction... Até mesmo uma gracinha-atriz-mirim Thora Birch antes de Beleza Americana. E tem ainda Harrison Ford quando podia fazer papel de astro de ação (embora eu prefira o Alec Baldwin na pele do protagonista de Tom Clancy...). 
Se a história de A caçada ao Outubro Vermelho já não era grande coisa, a de Jogos Patrióticos também não empolga, com o agravante que a direção de Phillip Noyce não consegue dar o frescor que John McTiernan dá ao seu filme (basta ver os outros filmes que os diretores fizeram. McTiernan foi o responsável por Duro de Matar, O 13o Guerreiro e O último grande herói, enquanto Noyce foi culpado por bombas como O Santo e O colecionador de ossos).
Ainda não assisti o Perigo Real e Imediato, mas até agora - da coleção Jack Ryan - esse me pareceu o mais fraco.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Filme #45 - sexta-feira - 20/01/12

O espião que sabia demais (Tinker, Tailor, Soldier, Spy, 2011)


Baixei AQUI.

Continuando com os prováveis indicados para o Oscar, Globo de Ouro e tudo mais. E, pelo que vi até agora, esse vai ser o vencedor. PQP! Que filmaço! le Carré é um dos meus escritores favoritos, mas esse é um dos livros que ainda não li. Eu já tinha visto metade da adaptação feita em 1978 para a BBC (tem AQUI pra baixar), mas parei na metade da minissérie quando fiquei sabendo que este filme estava saindo (pretendo terminar de assistir agora, e aí complemento o comentário). 
A trama do filme é genial, cheia de reviravoltas como nos melhores livros do escritor-espião. As atuações são perfeitas, embora eu tenha achado todos um tanto "jovens", talvez por ter na cabeça a  imagem do elenco da BBC (que tinha Sir Alec Guiness fazendo o papel de Smiley). Mark Strong me impressionou positivamente na pele de Prideaux, embora o papel seja muito pequeno para concorrer a qualquer prêmio. Até agora, o melhor dos filmes de 2011. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Não queremos S.O.P.A.!!


"SOPA significa Stop Online Piracy Act (Decreto pela Paralisação da Pirataria Online). Trata-se de uma comissão de apoio a uma nova lei que pode vir a ser aprovada nos Estados Unidos, visando fechar o cerco contra a pirataria na internet.
No dia 18/01/2012 vai ser um dos dias mais inesqueciveis da história da internet, está marcado a paralisação das operações das principais empresas da internet, como o Google, Facebook, Twitter, Wikipedia e outros. Essa paralização foi combinada entre essas empresas por causa do projeto de lei Sopa que e que está sendo votado nos EUA.
O problema é que os termos da lei dão margens para muitas interpretações, sendo que os autores da lei pedem, inclusive, o poder de tirar sites do ar. Outro termo bastante controverso é a responsabilização dos serviços por quebra de direitos autorais por parte dos usuários. Por exemplo: se você postar um link de pirataria no Facebook, a culpa será da rede social.
Como forma de protesto contra a lei, vários sites estão planejando um blackout na internet para o próximo dia 18 (quarta-feira). Isso significa que diversas páginas podem desligar seus servidores e interromper completamente a disponibilização de suas páginas.
Alguns sites já confirmaram a paralização. O Reddit afirmou que no dia 18 deixará apenas uma mensagem na página inicial, revelando aos leitores por quais motivos a SOPA pode acabar com o serviço. Há grandes chances de a Wikipédia seguir o mesmo caminho e desativar os servidores na data marcada.
Outros sites que estariam interessados em aderir ao blackout seriam as redes sociais Facebook e Twitter, que contam com milhões de participantes e não querem que as ações deles sejam motivo para processos judiciais por direitos autorais. Até mesmo o Google está na lista de prováveis paralisadores.

Quem apoia e quem é contra ?  



(Retirado do http://www.criatives.com.br/2012/01/o-que-e-sopa-o-dia-que-a-internet-vai-parar/ )

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Filme #44 - terça-feira - 17/01/12

Inverno da Alma (Winter's Bone, 2010)



Baixei AQUI.

Há um ano eu fico ouvindo gente falando que esse filme era genial, que era um dos melhores de 2010, coisa e tal... Nesse tipo de situação, é comum se decepcionar. Pois, hoje eu finalmente assisti e, apesar de toda expectativa, o filme realmente é muito bom. É uma história simples, uma trama de tráfico num ambiente redneck. Porém, a condução da desconhecida diretora Debra Granick (também uma das roteiristas) faz valer a pena. Me lembrou um pouco o premiado Onde os fracos não tem vez (No country for old man, 2007, pra baixar aqui). Porém, onde a fotografia dos Irmãos Coen remetia ao calor do Texas com seus filtros amarelados, aqui o azul traz o frio do Missouri. 
Vale para quem quer um bom filme que fuja dos clichês. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Filme #43 - segunda-feira - 16/01/12

Top Secret! Super confidencial (Top Secret, 1984)


Baixei AQUI.

Hoje eu acordei com vontade de assistir a esse clássico da Sessão da Tarde. Embora tivesse medo de que o filme não passasse na Regra dos 15 anos, arrisquei, e não me arrependo. Que saudade desse tempo, quando Hollywood sabia fazer bons filmes de paródia. Hoje, mesmo os irmãos Zucker (produtores/roteiristas e diretores de Top Secret, além da série Corra que a polícia vem aí - Naked Gun, baixe AQUI - e do primeiro Apertem os cintos... O piloto sumiu! - Airplane!, baixe AQUI) perderam a mão, e estão fazendo bombas como os dois últimos Todo mundo em pânico (Scary Movie, baixe AQUI). 
Além das gags óbvias, a graça desse filme está nos detalhes, no que acontece no plano de fundo, que faz com que valha a pena ver e rever o filme procurando pérolas escondidas. É um filme bobo? Claro que é! Mas quem disse que é preciso ser "cabeção" pra ser engraçado? 

PS: Eu tinha essa impressão, mas depois de tanto tempo eu confirmei: o Nigel é igualzinho ao Wonder Boy!!




Filme #42 - segunda-feira -16/01/12

Grandes astros: Superman (All-star Superman, 2011)



Tem AQUI pra baixar.

Se a Marvel vem dominando o mercado com suas adaptações de quadrinhos "live-action", quando o assunto é filmes de animação de super-heróis a DC Comics não deixa a "casa das ideias" passar nem perto. Depois dos já excelentes Liga da Justiça - a Nova Fronteira ( Justice League - The New Frontier - de 2007 - pra baixar AQUI),  Lanterna Verde - Primeiro voo (Green Lantern - First Flight - de 2009 - pra baixar AQUI) e Batman: Ano um (Batman: Year One - de 2011 - pra baixar AQUI), é a vez de Grandes astros: Superman.
Baseado nos quadrinhos homônimos  do genial Grant Morrison - talvez o maior escritor de quadrinhos da atualidade - (tem pra baixar AQUI - junto com o esquecível All-star Batman e Robin de Jim Lee). O filme segue o que foi feito nas HQs e o resultado é uma história adulta e envolvente, cheia de referências à era de prata dos quadrinhos. Se a DC Comics tivesse o mesmo cuidado com o roteiro de seus filmes que vemos nessa animação, seríamos poupados de porcarias como Lanterna Verde (aqui pra baixar) e Superman: o Retorno (aqui pra baixar). A animação até mesmo remete ao traço peculiar de Frank Quitely, que desenhou as revistas, assim como já tinha respeitado o traço de Darwyn Cooke em Liga da Justiça - a Nova Fronteira.
Um filme para se assistir várias vezes, que parece confirmar aquela tese das idades que eu escrevi no primeiro post de filme aqui do blog.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Filme #41 - sexta-feira - 13/01/12

A caçada ao Outubro Vermelho (The hunt for Red October, 1990)



Baixei aqui.

Mais um filme antigo que eu nunca tinha assistido. Mais um filme de espionagem militar, tema que eu gosto bastante. O que talvez tenha me repelido por tanto tempo tenha sido o livro que inspirou essa obra. Ao contrário de Graham Greene, John Le Carré e Frederick Forsyth, Tom Clancy não consegue dar realismo a sua obra. Sua visão estereotipada dos soviéticos - ora como ingênuos em busca da liberdade do ocidente, ora como frios autômatos sem livre arbítrio - faz com que seus personagens, principalmente antagonistas, sejam muito rasos ou inverossímeis. 
O filme, porém, é muito melhor do que o livro. Talvez por não ter tempo para se fixar em detalhes, ignora aquilo que a obra escrita tinha de pior. Não chega a ser um filmaço, como muitos haviam me recomendado, mas é um bom filme. 
E com isso chega ao fim a maratona Sean Connery.

PS:
Não vai ser uma maratona, mas vou aproveitar o embalo para assistir aos outros filmes do personagem Jack Ryan.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Filme #40 - Quinta-Feira - 12/01/12

A Rocha (The Rock, 1996)



Baixei aqui.

Apesar de ser um filme antigo, eu nunca tinha assistido a esse filme. Confesso que quando entraram os créditos iniciais e vi que era dirigido por Michael Bay eu quase desisti. A Rocha foi o segundo filme desse diretor que - para mim - está no Top 3 dos piores diretores em atividade no momento (qualquer hora comento sobre os outros dois...).
Muita gente rejeita o cinema hollywoodiano. Michael Bay é a síntese de todas as críticas que são feitas ao cinema norte-americano. Dirige tudo com a mão pesada, fazendo com que seus atores sempre exagerem no dramalhão e na canastrice. Não sabe a medida para colocar cenas de explosão, que estão sempre em demasia. Não consegue dosar a câmera lenta, que aparece nas horas mais inoportunas... Eu poderia gastar mais linhas e linhas falando dos defeitos desse diretor medíocre, que inacreditavelmente consegue filmes com orçamentos cada vez maiores... Michael Bay tem o poder de estragar até a melhor história, simplesmente porque não sabe contá-la.
A Rocha é um caso desses. A história é até interessante para um filme de ação, mas está nas mão do diretor errado. Tá certo que os roteiristas também não ajudam tentando o tempo todo encaixar frases de efeito ("Fazer o seu melhor? Perdedores sempre choramingam sobre fazer o seu melhor, vencedores vão pra casa e transam com a rainha do baile", e outras pérolas do tipo - felizmente dois dos três roteiristas não "cometem" nenhum filme desde 1999. O terceiro escreve para séries, e até que não são séries ruins... Devia ser voto vencido, coitado). 
Olha que o filme tem - além de Connery - Ed Harris e Nicolas Cage (outro dos meus favoritos). Aqui fica óbvio que Sean Connery raramente atua bem, se valendo mais do carisma do que do talento... Mas aqui a bomba era demais, até mesmo para o Cavaleiro de Sua Majestade.  

Filme #39 - quinta-feira - 12/01/12

O homem que queria ser rei (The man who would be king, 1975)



Baixei aqui.

Esse filme não só tem Sean Connery como ainda tem Michael Kane, que é outro ator absurdamente bom. O filme é uma aventura com 'A' maiúsculo, que embora não seja um épico traz várias características do gênero. A  história de dois ex-soldados britânicos picaretas na Índia colonial envolve, e o carisma que os atores emprestam aos seus personagens faz com que você torça por eles. É uma pena que não existam mais filmes desse estilo como nos anos 70...

PS:  O idioma do Kafirnistão me lembra o aramaico que eu e Raphael Salimena inventamos para nosso curta-metragem O evangelho segundo São Judas Iscariotes. Pra quem ainda não assistiu:

O Evangelho Segundo São Judas Iscariotes por dbasts

Com esse vídeo ganhamos o Festival Primeiro Plano em 2005, na Categoria "Voto Popular".

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Filme #38 - quarta-feira - 11/01/12

A Casa da Rússia (The Russia House, 1990)



Baixei aqui.

Mais um filme com Sean Connery, dessa vez numa história baseada em um livro de um dos meus escritores favoritos, John Le Carré. Connery já estava acostumado com o ambiente de espionagem, já que viveu o melhor 007 de todos. Porém, a espionagem de Le Carré é hard, realista. Nesse filme, nenhum tiro é disparado, em hora alguma. As coisas acontecem de uma forma que nem sempre conseguimos perceber imediatamente, o que nos leva a grandes plot twists... Recomendado!

PS: Sempre fico espantado com a Michelle Pfeiffer. No filme há uma rápida passagem da adolescência de sua personagem, e é preciso somente uma mudança no cabelo para nos convencer que Pfeiffer tem 16 anos ( na época do filme ela tinha 32)... Impressionante essa mulher!

Filme #37 - quarta-feira - 11/01/12

Zardoz e o estranho mundo de Vortex (Zardoz, 1974)


Baixei aqui.

Peguei uma sequência de filmes de um dos meus atores favoritos para assistir nos próximos dias, e comecei com Zardoz. A única referência que eu tinha sobre a obra era aquela imagem de Sean Connery vestido com o figurino do filme com a legenda "Mesmo usando fralda, ele é mais homem do que você" (procurei pra caramba, mas não achei pra linkar aqui...). Mais nada. Não sabia uma linha sobre a história, sequer sabia o gênero, e posso garantir que tive uma agradável surpresa.
Não se deixe repelir pela tosqueira das roupas e dos efeitos especiais: Zardoz é uma ficção científica de primeira linha, com direito a reflexões filosóficas e possibilidades múltiplas de análise. Não vou me aprofundar na história, mas posso dizer que o filme joga uma luz diferente sobre o tema utopia/distopia. Do tempo que uma boa ideia era mais importante para o Sci-Fi do que efeitos especiais de última geração.

Maratona #1

Sean Connery


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Filme #36 - Terça-Feira - 10/01/12

Cowboys & Aliens (2011)


Baixei aqui.

Ao contrário do que pode enganar, esse não filme tem vaqueiros, mas não é um western. Tem alienígenas, mas não é ficção científica. Poderíamos enquadrá-lo no gênero Aventura. E de um filme de aventura, espero uma trama envolvente, ágil, que me faça pular na cadeira e querer saber como a história vai acabar. E, apesar de ser muito bem feitinho, Cowboys & Aliens não tem nada disso. O filme se arrasta por suas longas e desnecessárias duas horas. Não é um filme para odiar. Não chega a tanto. É um filme que será simplesmente esquecido. Vai passar umas duas vezes na Tela Quente, uma ou duas no Temperatura Máxima e depois nunca mais teremos notícias dele. Melhor assim.
O filme é uma adaptação MUITO livre de uma HQ que já é bem fraca (se quiser conferir, tem AQUI pra baixar). Quem não leu e não assistiu não está perdendo nada.

Filme #35 - Terça-Feira - 10/01/2012

Gigantes de aço (Real Steel, 2011)



Baixei aqui.

"Um misto de 'Rocky' e 'Falcão' saído do inferno, e a pior homenagem já feita ao Stallone." Assim Salimena definiu Gigantes de aço, e mesmo sabendo disso eu peguei esse filme para assistir. Na verdade, já tinha me interessado pelo filme quando saiu o trailler. Achei que seria um filme sobre batalhas de robôs gigantes, tipo One Must Fall 2097, um dos jogos que eu adorava lá pelos idos de 1995... No entanto, no filme os robôs não são gigantes, simplesmente substituíram os lutadores humanos simplesmente por uma questão politicamente correta, tipo aqueles filmes que colocam robôs no lugar dos capangas para não ter sua qualificação etária aumentada por mostrarem sangue.
Eu gosto do Hugh Jackman, mas esse papel não tem o menor carisma... Em momento algum eu consegui simpatizar com o picareta Charlie Kenton...
Um filme aborrecido, para ser esquecido. 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Filme #34 - Segunda-feira - 09/01/12

5 days of war (ainda sem título em português, 2011)



Baixei aqui.

Quando entrei para a faculdade de jornalismo, me interessava o jornalismo esportivo, jornalismo cultural ou ser correspondente de guerra. Muito rápido saquei que a maioria dos meus colegas de profissão trabalhava cobrindo buracos nas ruas ou maracutaias de vereadores, e logo me desencantei com a carreira, que já não era a que eu mais queria (mas isso é uma outra história, talvez para outro dia). No entanto, o curso me deu uma visão crítica (cínica?) de várias coisas, inclusive sobre a cobertura das guerras. 
O filme abre com a famosa frase do senador americano Hiram W. Johnson: "Na guerra, a primeira vítima é a verdade". A citação de efeito - proferida em 1918 - pode impressionar muitos, mas eu perguntaria ao senador: qual verdade? Um dos mitos do jornalismo em todo mundo é a imparcialidade. Acontece que o jornalismo é feito por pessoas, e as pessoas, por natureza, não são imparciais. As pessoas, em qualquer disputa, tendem a tomar um partido. Experimente assistir a um jogo onde teoricamente você não tem interesse por nenhum dos dois lados: em pouco tempo você terá escolhido um dos times para torcer. Isso é do ser humano, a necessidade de se posicionar. Assim, quando um jornalista vai cobrir um fato, é natural que ele se posicione, motivado por fatores que nem sempre estão claros, nem mesmo para ele. No entanto, o cinema não tem nenhum compromisso de ser imparcial, honesto ou justo. E aí é que a coisa se complica. 
O cinema norte-americano é famoso por tomar partido do lado errado nas disputas. Basta lembrar de John Rambo - o exército de um homem só - expulsando os soviéticos e colocando o Talibã no poder do Afeganistão. Acredito que se Hollywood tivesse florescido mais cedo, teríamos ali por 1934 alguns filmes americanos louvando a reconstrução alemã pelo Partido Nacional Socialista.
5 days of war é um filme baseado em uma história real, sobre jornalistas que foram cobrir a Guerra da Geórgia, em 2008. É um filme sobre guerra, mas não é um filme de guerra. Co-produzido pela Georgia International Filmes, com apoio das forças armadas georgianas e do Banco da Geórgia, é fácil adivinhar de qual lado desse conflito a película estará. 
Aqui cabe uma breve digressão (meus alunos sabem que eu gosto de digressões...): Guerras acontecem desde o começo da humanidade, porém parece que cada vez menos as pessoas entendem as guerras. Existem convenções internacionais que estabelecem crimes de guerra, mas é muito claro que as punições só são aplicadas para aquele que comete o pior crime de todos - ser derrotado. Numa guerra, não existem vítimas inocentes: todos são culpados por pertencer ao povo inimigo. Ou podemos dizer de uma forma diferente: em uma guerra, todas as vítimas são inocentes, já que os soldados não decidem contra quem vão lutar e os donos das decisões quase nunca se tornam vítimas. Uma guerra é algo violento, sangrento, e - pasmem - as pessoas morrem. Civis e militares; homens e mulheres; adultos, velhos e crianças. É ingênuo achar que se faz guerra sem baixas inocentes. Baixas inocentes garantem a vitória em uma guerra. Ok, até aceito o discurso pacifista dos que são contra as guerras. Eu acho inútil (pra mim é como ser "contra a gripe", ela existe e sempre vai existir), mas ok. Agora, eu não aguento o grande número de SOLDADOS PROFISSIONAIS, principalmente norte-americanos, que vêm se levantando contra a guerra. Ora, soldados são treinados para guerrear, e como eu disse, na guerra não existe justiça. Assim sendo, quando se voluntariou para o exército (nos EUA não existe mais convocação há décadas), sabiam - ou ao menos deveriam saber - exatamente para o quê estavam se candidatando. Soldados contra a guerra ou são idiotas ou são hipócritas. (Fecha a digressão).
Como eu dizia, o filme é totalmente pró-Geórgia. E ele te faz tomar partido daquele país, sendo invadido, tão fraco, com um presidente "tão humanista" (interpretado por Andy Garcia)... Os depoimentos das "vítimas inocentes" ao final do filme convence e leva às lágrimas, e talvez tivesse me convencido... Se eu não estivesse lendo um livro de uma jornalista brasileira que esteve lá e conta os mesmos fatos de uma forma diferente (Com vista para o Kremlin, de Vivian Oswald... Vale citar alguns trechos das páginas 189 a 191:
"Logo após a ofensiva georgiana à Ossétia do Sul - que acabou por desencadear a desproporcional reação russa - todos os sites de domínio '.ru' foram tirados do ar na Geórgia. As informações a que se tinha acesso no país eram pró-Geórgia em sua maioria. Na mídia georgiana - majoritariamente favorável ao governo -, ninguém via os ataque das forças nacionais à Ossétia do Sul, nem a situação dos cidadãos russos que fugiram para a Ossétia do Norte. Só se via o revide.
(...)
De olho nos jornalistas estrangeiros, que não paravam de chegar ao país, o governo georgiano improvisou um comitê de imprensa no lobby do hotel, prestando informações em inglês sobre as alegadas atrocidades russas."  
Sobre o bondoso líder georgiano, a jornalista escreveu: 
"O estranho presidente Mikhail Saakashvili mantinha-se praticamente 24 horas no ar. Dava, pelo menos, uma entrevista por dia aos principais canais de televisão, além de longas exclusivas, muitas vezes em inglês. 
(...)
Ex-advogado em Manhattan e ex-aluno da Universidade de Columbia, Saakashvili mostrou dominar a arte de fazer marketing. Esse ex-cidadão soviético disse que a Geórgia tinha 'olhado o diabo nos olhos', ao referir-se à Rússia. Viciado em informação, lia todos os meios de comunicação, a ponto de citar, em minúcia, articulistas ou reportagens durante as entrevistas.
O filme mostra o discurso emocionado ao final da guerra, uma demonstração de força do georgiano. Vivian Oswald descreveu assim:
"No dia em que o acordo de cessar-fogo foi negociado entre a Rússia e a União Européia, Saakashvili surpreendeu a todos com a presença dos líderes da Polônia, Ucrânia, Lituânia, Letônia e Estônia em um imenso palco onde haveria um show de música popular. Tratava-se de uma provocação e tanto aos russos. Eram os chefes de Estado de antigas repúblicas soviéticas e um ex-satélite (a Polônia) com os quais a Rússia se mantinha às turras. Nesse dia, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que estava em Tbilisi, não apareceu. 
O palco estava no mesmo pátio no qual o governo georgiano montou, a céu aberto. o espaço para as coletivas de imprensa quase diárias. O cenário se compunha de um painel gigante com a imagem da fachada do prédio, então em reforma, margeado por bandeiras da Geórgia e, curiosamente, da União Européia. A Geórgia vivia a alegar que a bandeira era do Conselho da Europa, entidade mais antiga e relativamente menos importante da qual faz parte, que tem como símbolo o mesmo pavilhão azul com estrelas amarelas.
(...)
Após ser criticado e enquadrado por usar indevidamente a bandeira da UE como pano de fundo de suas entrevistas, passou a fazer suas aparições na televisão com um mapa da Geórgia em que apontava com uma batuta a posição das tropas russas."
A jornalista deixa claro:
"Boa parte dos conflitos entre Rússia e Geórgia foi travada não em campos de batalha, mas na mídia, Ameaças, acusações, guerra de informações e tentativas de manipulação da opinião pública marcaram a disputa dos dois lados. O mais importante era chamar a atenção da comunidade internacional para a verdade. E foram apresentadas várias versões dela."
A julgar pelo filme, a guerra ainda não terminou...