Muitas pessoas têm perguntado porque o blog está parado (mentira, na verdade foi só o Dario...). A realidade é que não tenho assistido filmes. Nenhum. Porém, não significa que eu estou em uma bolha vegetando ou que estou vivendo para o trabalho. Nesses últimos dois meses, tenho jogado muito, lido muito e assistido a um tanto de seriados. Vou fazer um resumão com tudo isso:
Jogo #02 -
The Elder Scroll V: Skyrim
Esse jogo me chegou às mãos no final de dezembro, já com a medalhinha de jogo do ano. Decidi guardar para janeiro, e no dia primeiro, quando a Céci foi para o plantão, comecei a jogar... Resultado: Joguei por 20 horas direto! E isso foi algo que foi se repetindo ao longo das semanas. Os cenários são lindos, as animações funcionam bem, a jogabilidade é simples... A história parece que nunca vai ter fim, e uma trama vai abrindo outra e mais outra...
Porém... Quando estava prestes a encerrar a história principal (após já ter matado praticamente todas as histórias paralelas), comecei a perceber que o jogo tinha vários defeitos. O principal deles, em minha opinião, é o excesso de protagonismo do personagem principal. Se você vai jogando todas as missões que são oferecidas, você se torna arqui-mago do Colégio de Magia, chefe da maior guilda de ladrões do reino, chefe e salvador da guilda de assassinos, barão de duas cidades-estado, membro de umas 4 ou 5 sociedades secretas (liderando quase todas)... Isso sem contar que você é o último descendente de uma linhagem de pessoas especiais com o poder de matar dragões... Parece que a vida em Skyrim era uma pasmaceira até a chegada de Cynan (o nome do meu personagem...). Alguns argumentam que isso é parte do jogo aberto, que você não precisa se tornar isso tudo, que pode fazer escolhas... Porém, as coisas não são bem assim. Se você não segue essas missões secundárias, dificilmente vai conseguir ter experiência para encarar a missão principal. As missões de miscelânea até podem ser ignoradas, mas as missões secundárias são parte do caminho do jogo, ou seja, são praticamente obrigatórias para a missão principal.
Não bastasse isso, a tal missão principal, que envolve matar dragões e viagem no tempo, é chatinha... Bem pior do que a missão da guerra civil, por exemplo. No entanto, a missão da Guerra Civil se completa mais ou menos com 1/3 do jogo... E o que vem depois fica com aquela sensação de que poderia ser bem melhor... Afinal, depois do auge, tudo que vier é decadência.
Por fim, ainda pesa no jogo o fato dele não assimilar as mudanças no mundo que acontecem durante o gameplay. Ora, eu me juntei ao império, subi ao ranking de Legado ao exterminar os rebeldes Stormcloaks... Mas qualquer guardinha de rua, mesmo depois disso, fica tentando me intimidar, e volta e meia aparece algum rebelde tardio falando dos feitos do Ulfric pra mim... Nisso, o jogo podia ter sido bem melhor...
Jogo #03
Star Wars - The Force Unleashed
Esse é um jogo antigo, mas como só recentemente comprei o XBox 360, ainda não tinha jogado. A história se passa entre os episódios III e IV da série cinematográfica, e conta a história do aprendiz secreto de Darth Vader, chamado de Starkiller. Como é material oficial da Lucas Arts, é canônico, então é essencial para qualquer fã de Guerra nas Estrelas como eu.
O jogo é curto, e tem méritos inegáveis. Além da história envolvente, seu sistema de dificuldades é realmente calibrado. Fechei o jogo duas vezes (até mesmo para assistir aos dois finais diferentes que o jogo traz). Na primeira, fui para a dificuldade mais difícil, e demorei uns 4 finais de semana para conseguir chegar ao ponto de derrotar o Darth Vader e assumir seu lugar como aprendiz do Imperador. Da segunda, coloquei na dificuldade mais fácil, pois estava mais interessado em assistir ao final Light Side. Foram 7 horas e 30 minutos seguidos para chegar até o Imperador, derrotá-lo, ser morto e plantar a semente da Aliança Rebelde...
O único defeito do jogo, em minha opinião, é o sistema de câmeras, que faz com que você se perca durante alguns combates. Fora isso, vale a pena demais.
Livro #01
Guerra nas Estrelas - Herdeiros do Império (Star Wars - Heir to the empire) - Timothy Zhan
Continuando no universo criado por George Lucas, finalmente consegui ler esse que é tido como a continuação natural para a trilogia clássica. Primeira parte da chamada Trilogia Thrawn, por conta de seu carismático vilão, o Grande Almirante Thrawn, o livro conta o que aconteceu logo depois da destruição da segunda Estrela da Morte. Os esforços para se estabelecer a Nova República, a recusa de alguns generais do Império em admitir a derrota... Tudo isso já seria interessante o bastante. Porém, além disso tudo, somos surpreendidos pelo fato de que Timothy Zahn sabe escrever! Isso foi uma surpresa pra mim, que achava que seria somente uma Fan-Fic com boas ideias. O livro é agradável e, se não é nenhuma obra de arte, também não é daqueles que deixam o leitor com vergonha alheia. Recomendo demais para todos os fãs.
Seriado #02
The Clone Wars
Pra fechar a overdose de Guerra nas Estrelas, também encarei a terceira e a quarta temporada da série animada The Clone Wars, que narra os conflitos durante a guerra que acontece entre os episódios II e III da Saga. Muita gente desanimou durante a primeira temporada, que pesava demais no uso dos dróids de combate como alívio cômico e soava muito infantil (eu mesmo quase desisti). Na segunda, isso já vinha diminuindo, e a partir da terceira não temos vestígios disso. É claro, ainda é uma série irregular, com episódios muito bons e outros bem fraquinhos. Mas, no geral, vale a pena acompanhar os desenhos.
O final da quarta temporada trouxe de volta o vilão do Episódio I, Darth Maul. Embora isso fosse desnecessário, não foi tão ruim como todos imaginavam. Dentro da ideia estapafúrdia, tudo foi feito com alguma coerência e acabou por aumentar o destaque das Bruxas de Dathomir e Assajj Ventress, personagens bem interessantes. O ponto de encerramento da temporada faz link com várias coisas que já foram vistas nos quadrinhos, como a minissérie Obsessão. Mais uma vez: não é uma obra prima, mas vale a pena para os fãs.
Seriado #01.5
The Walking Dead
Em dezembro eu já tinha começado a comentar essa segunda temporada do seriado de zumbis, que então estava entrando em pausa. Na última semana a temporada finalmente chegou a seu fim, com reviravoltas que já se arrastavam nos últimos episódios. O antepenúltimo e o penúltimo episódios tinham sido espetaculares, o que gerou grande expectativa em torno do season finalle. Expectativa essa que, infelizmente, não se cumpriu. O episódio derradeiro era mal escrito, com diálogos que estupravam a essência de personagens que vinham sendo construído ao longo dos 18 episódios anteriores. O justo líder Rick acena para a tirania, a bondosa e quieta Carol se torna intriguenta... Parece que os produtores perderam os roteiros e tiveram que improvisar na hora.
Aguardo ansiosamente pela terceira temporada, porque esse episódio final deixou um gosto ruim na boca...
E foi basicamente isso que fiz no final de fevereiro e em março...