Baixei aqui.
Continuando a lista dos possíveis "papa-prêmios" de 2012. Esse filme tem um mérito inegável: contar uma história - com todos os detalhes - sobre o esporte mais chato do mundo, e ser interessante. Pior: o filme nem fala dos jogadores, mas sim das mudanças no sistema de contratação de jogadores - que passou de algo mais "instintivo" para um método científico que teria sido inventado por um segurança de fábrica. Enfim, é mais uma daquelas histórias de superação que somente o cinema americano traz para você.
O filme é interessante pois vejo o futebol brasileiro passando por um momento semelhante. Escrevo no A Corneta Diária tem 2 anos e meio, e acho que um dos personagens mais frequentes em meus textos - seja como protagonista ou coadjuvante - foi o ex-manager do Vasco Rodrigo Caetano, que pediu demissão recentemente. Uma frase comum de comentaristas esportivos sobre jogadores ruins é "fulano não está errado, errado é quem bota ele pra jogar", e o filme leva esse espírito ao máximo.
O filme tem sido incensado pela atuação de Brad Pitt - que alguns garantem que dará o primeiro Oscar ao ator. Sinceramente, não achei isso tudo. Em alguns momentos, o tique do personagem cuspir davam-no trejeitos de Aldo Raine, o que dava um gosto de atuação requentada (gosto muito do Pitt, mas achei que ele estava melhor como Mickey O'Neil, Tyler Durden ou - principalmente - Chad Feldheimer. Gostei mais da atuação discreta de Jonah Hill, como o assistente tímido, e o premiaria por ela.
Recomendo O homem que mudou o jogo nem tanto pela história, mas pela maneira como ela foi contada, com objetividade e sensibilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário