sábado, 31 de dezembro de 2011

Filme #31 - Sábado - 31/12/11

Meia-noite em Paris (Midnight in Paris, 2011)



Baixei aqui.

Prossigo com os pré-candidatos aos prêmios de 2012. Woody Allen é sempre candidato, embora esnobe as premiações. Devo confessar que estava de birra do diretor. Não sei se é porque tenho uma birra ENORME com a última musa do diretor (Scarlett Johansson) ou se realmente os últimos filmes dele me pareciam todos sem graça. A maior parte das pessoas que conheço babaram por Match Point - Ponto Final, mas eu achei bem chato e pretensioso (tem aqui pra baixar). Por tudo isso eu estava com um pé atrás em relação à Meia-noite em Paris.
Porém, logo no início eu saquei que esse seria um filme diferente. Em primeiro lugar, Allen trocou de loira - e na minha opinião Rachel McAdams foi bem melhor do que Johansson seria. Além disso, esse filme traz de volta o Allen do absurdo, do mágico, de A rosa púrpura do Cairo (baixe JÁ aqui) e O dorminhoco (aqui!). Em resumo: o Allen que eu gostava!
Além disso, o filme fala da geração perdida dos anos 20, de Fitzgerald e Hemingway. Sou vidrado nesse período da literatura. Li muito dessa época: Paris é uma festa, Suave é a noite, O bom soldado, 1919, O grande Gatsby... Meu livro favorito de todos os tempos é O sol também se levanta !! Enfim, não tinha como eu não me apaixonar por esse filme.
No entanto, não vejo esse filme com cara de papa-prêmios. Mas acho que vai ser aula inaugural de muitos cursos de história da arte ao redor do mundo...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Filme #30 - Sexta-Feira - 30/12/11

Tudo pelo poder (The ides of march, 2011)


Baixei aqui.

Filmaço! Com esse filme abro os cotados para os prêmios de melhor filme nos festivais de 2012.  Aqui a política é tratada de maneira soberba por George Clooney. Alguns acreditam que ele faturará as estatuetas de melhor direção, mas ainda é cedo para eu afirmar isso. Só posso dizer que o filme é conduzido com leveza, fugindo da obviedade. Também estão cotando Ryan Gosling para melhor ator, mas apesar de sua atuação correta, não acho que foi para tanto.
Os bastidores da política - principalmente das campanhas políticas - é tema recorrente do entretenimento. Durante o filme, pensei várias vezes no filme Doces Poderes, de Carlos Reichenbach (tem aqui para baixar), que fala do cenário das eleições de 1989 e da vitória de Fernando Collor. Recomendo também.

PS: O título The Ides of March - Os Idos de Março - é muito mais elegante do que a tradução brasileira. Parece que as distribuidoras não acreditam na capacidade dos brasileiros em entender a analogia com a morte de Júlio César ou então simplesmente não conseguem ser sutis. Uma pena.

Filme #29 - Sexta-feira - 30/12/11

Transylmania - Uma universidade de arrepiar (Transylmania, 2009)


Baixei aqui.

Há alguns anos, a Tela Quente passou EuroTrip: Passaporte para a confusão - uma mistura de road movie com American Pie, cheio de piadas cretinas sobre as diferenças culturais entre europeus e americanos, além de muitos peitos (tem aqui pra baixar). Eu não dava nada por ele, mas o filme era bem divertido. Foi por isso que contrariei meus instintos e peguei esse Transylmania. Achei que o filme podia ir pra esse lado. Grave engano.
Nos primeiros minutos de filme, já saquei que não era por aí. Achei que era um daqueles filmes de paródia (90% lixo), mas era pior que isso: ele simplesmente pegava as piadas mais sem graça de American Pie e Todo mundo em pânico 2, e misturava com algumas piadas piores ainda. Tô até pensando em assistir algum outro filme pra "tirar o gosto ruim da boca". 

Confissão #1


Tenho fascínio por filmes ruins. Por mim, a TV só passaria filmes de mediano pra baixo. Filme bom eu vou ao cinema, alugo (cof cof baixo cof)... Se não fosse a TV, onde eu veria os filmes ruins?



(Mentira: eu gosto tanto que - mesmo sabendo que é ruim - eu vou lá e baixo...)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Filme #28 - Sexta-Feira - 30/12/11

Uma linda mulher (Pretty Woman, 1990)



Uma noite de insônia, um clássico no Corujão... Eu já devo ter assistido esse filme umas 2000 vezes, e sempre que está passando eu acabo parando para assistir mais uma vez. Parece que Uma linda mulher modificou definitivamente o gênero romance, dando um frescor moderno aos contos de fada. Eu adoro a Julia Roberts e esse é um dos filmes que ela está mais simpática. Dá dó ver o tanto que o Richard Gere envelheceu nesses 21 anos e o como ela ficou a mesma.
Se você mora na lua e nunca viu esse filme, tem pra baixar aqui.  

Filme #27 - Quinta-Feira - 29/12/11

Expresso Transiberiano (Transiberian, 2008)



Baixei aqui.

Existe uma categoria de filme que é o filme de agonia. Não é suspense, pois você já sabe o mistério, já sabe quem matou e quem morreu. A graça toda da coisa é aquela sensação de merda iminente, claustrofóbica. Esse é um filme desses. A primeira parte podia ser um pouquinho mais curta, mas a hora final do filme é de roer os dedos. A atuação de Kingsley está impecável como sempre, mas ainda estranho ver o Harrelson fazer papel de bom moço (olho pra ele e sempre vejo um psicopata...).

Filme #26 - Quinta-Feira - 29/12/11

Irmão 2 (Brat 2, 2000)




Eu já comentei o primeiro aqui no blog. Em vários aspectos, essa sequência é superior, embora não tenha mais aquele frescor cru do primeiro filme. As cenas de ação foram melhor trabalhadas e a sequência nos Estados Unidos serviu para contrastar o modo de pensar russo do modo americano. Algumas partes da história não se concluem, o que acho excelente (não gosto de final de novela - onde todo mundo bonzinho se casa/ tem filhos e os vilões morrem). A única nota realmente negativa vai para as falas em inglês. Ao invés de legendar - ou mesmo fazer a tosqueira de todos os americanos falarem russo - toda vez que alguém fala em inglês uma dubladora dá a fala em russo, sobrepondo a fala original. Isso é muito tosco, mas pelo que eu vi é comum no cinema daquelas bandas... Pra quem gosta de um filme de ação, eu recomendo. 
PS: Esse é da leva que meu cunhado passou, logo, não faço ideia de onde conseguir para baixar...


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Filme #25 - Quinta-Feira - 22/12/11

O Veterano (The Veteran, 2011)



Baixei aqui.

Peguei esse filme completamente às cegas. Vi o cartaz, mas nem li a sinopse (que aliás, não tem nada a ver). Esperava que fosse uma espécie de Rambo, uma coisa do soldado que não consegue se adequar aos tempos de paz, mas foi isso e muito mais. Em 1h40 teve espionagem, luta contra o crime e sangue, muito sangue. Grata surpresa. 

Filme #24 - Quarta-Feira - 21/12/11

Planeta dos Macacos: A Origem (The rise of Planet of the Apes, 2011)



Baixei aqui.

As vezes, você pega algo bom, tenta fazer igual, fica totalmente diferente e ruim. Outras vezes, você pega esse algo bom, tenta fazer algo diferente, fica bem parecido e bom. Pois essa é a diferença entre esse filme e a tentativa de reboot da série feita por Tim Burton há 10 anos.
Esse filme, embora não tente emular a atmosfera dos filmes da série clássica, faz um pre-quel perfeito para aquilo que viveu Charlton Heston. Está tudo lá: dos nomes dos símios (a eterna dificuldade dos brasileiros de diferenciar monkey e ape) à viagem para Marte. O filme tem ritmo e ação sem se tornar raso, resgata um tema dos anos 60 e consegue ser atual. Você realmente ACREDITA na atuação dos macacos - graças à computação gráfica e o trabalho de Andy Serkis, o melhor ator quase não-humano de Hollywood. Se alguém estava com o pé atrás em relação a esse filme, não fique. Veja imediatamente.  

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Filme #23 - Quarta-Feira - 21/12/11

Nelson Gonçalves (2002)



Baixei aqui.

Um cantor recordista de vendas, ex-pugilista, ex-cafetão, ex-cheirador... Não tem muito como errar num documentário quando o retratado tem uma história dessa magnitude. No entanto, esse documentário peca pela mediocridade, peca pela preguiça. Ao invés de explorar as imagens de arquivo, apela para o caminho fácil (e fraco) das dramatizações. A direção de arte também foi pouco cuidadosa, chapando em P&B sem o menor tratamento, perdendo a chance de ter um trabalho mais romântico.
Vale pela história, mas tem cara de Por toda a minha vida.

Filme #22 - Quarta-Feira - 21/12/11

Assalto ao Banco Central (2011)



Clique aqui.

Pra quem olha de longe, parece muito fácil ser Hollywood. Afinal, é só entretenimento vazio, descartável. Produto enlatado para público pouquíssimo exigente. Porém, a situação muda quando se tenta copiar.
Durante décadas, o cinema brasileiro buscou o artístico, o cinema mais autoral. Nisso nós copiamos os franceses, os italianos, os alemães... Até que chegamos a uma fórmula brasileira. E até que ficamos bons. Tá certo que as vezes tem pobreza demais, sertão demais, mas temos bons filmes. Acontece que muitas vezes eram filmes que tinham mais gente em tela do que interessados em assistir. Filmes pra círculos restritos, de estudantes de comunicação e artes, gente de tênis verde e a galerinha que usa cachecol no Rio de Janeiro. Desnecessário dizer que dava prejuízo. Aí chegou a hora de fazer filme pra ganhar dinheiro, pra entretenimento. "Moleza! O público é pouco exigente!". E aí é que se estrepa.
Por um bom tempo, o cinema de entretenimento brasileiro tinha cara de novela. Olga, ...E se eu fosse você?, Deus é Brasileiro e outras coisas do tipo. O público até comparecia, mas todo mundo sabia que aquilo ali era um cineminha chinfrim. Aí vieram Cidade de Deus e Tropa de Elite, que faziam um cinema extremamente popular e de nível internacional. Mas esses, infelizmente, ainda são exceção. 
Assalto ao Banco Central é o filme de entretenimento pós-Tropa de Elite que dá errado. Do que adianta ter um excelente plot central e não saber desenvolvê-lo? De que adianta ter ótimos atores (tirando Eriberto Leão, né?) se o roteiro é mal escrito e a direção é incompetente? Assalto ao Banco Central parte da situação real para uma sucessão de clichês que faz com que quem assiste tenha a sensação de estar ruminando algo que já engoliu. Foram muitos anos até chegarmos a um cinema de arte brasileiro que fosse realmente bacana. Cidade de Deus e Tropa de Elite indicavam que o caminho para o cinema de entretenimento brasileiro podia ser mais curto. Assalto ao Banco Central indica que não.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Filme #21 - Terça-Feira - 20/12/11

Triggerman (Triggerman, 2009)



Baixei aqui.

Como eu já disse aqui, quando eu era moleque, as tardes de sábado eram do Chacrinha. Porém, quando o velho guerreiro morreu (eu tinha 6 pra 7 anos), as tardes de sábado passaram a ter um gosto diferente. Os tempos da Sessão de Sábado - que junto com a Sessão da Tarde e do Cinema em Casa fizeram a primeira parte da minha educação de cinema. E na tal Sessão de Sábado, um gênero dominava: o western, ou melhor, o Bang Bang, como dizia meu avô. 
No entanto, existem vários tipos de Bang Bang. Gosto de todos. Dos Faroestes Italianos de Sérgio Leone aos filmes de Cowboy com John Wayne. A Sessão de Sábado não se dedicava a nenhum dos dois. A especialidade era o Western mais galhofa que existe. Nesse mundo, Terence Hill e Bud Spencer eram reis. 
Triggerman é um filme estrelado e co-dirigido por Terence Hill. Bud Spencer não está nessa com ele (os dois fizeram 18 filmes juntos, mas não trabalham numa mesma película desde o início dos anos 80), mas é substituído por um Paul Sorvino que faz de tudo para emular o brucutu favorito dos anos 70. O filme é um "mais do mesmo", um pistoleiro/médico de bom coração, brigas mal coreografadas, diálogos bobos, um torneio de pôquer... E por isso mesmo é genial! É como estar de volta com 8 anos de idade. Talvez quem não viveu aquela época não consiga nutrir esse mesmo sentimento, mas para quem esteve lá, ver Hill aos 70 anos (56 de carreira) com um sorriso no rosto sacando mais rápido vale qualquer preço.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Filme #20 - Sábado - 17/12/11

Conan, o bárbaro (Conan, the barbarian, 2011)



Clique aqui.

Fui a este filme com as expectativas lá embaixo. Já tinha lido e ouvido várias críticas que o colocavam como um filme horroroso, quase uma ofensa aos filmes anteriores do personagem. Não sou nenhum fã xiita do Cimério: assisti os filmes anteriores, tive minha fase de comprar as revistas em preto e branco que achava pelos sebos, mas não muito mais do que isso. Por isso, me sinto qualificado para dar uma opinião que não vai ser de viúva do Schwarzenegger: o filme de Conan de 2011 é melhor do que os anteriores.
(Já sinto o calor das tochas da multidão que grita: "Herege!")
Vamos em partes: Conan, o Bárbaro de 1982 é um bom filme, mas Conan, o Destruídor, de 84, é um lixo! Vou ser gente boa e nem vou considerar a bomba Guerreiros de Fogo, de 1985 - onde disfarçaram o Conan de "Kalidor". Vamos comparar com o primeiro então.
Muita gente reclamou do visual do Jason Momoa. Ora, eles preferiam um halterofilista de peruca? Momoa é um cara forte, mas não passa aquela sensação de imobilidade, e seu cabelo parece o cabelo de um bárbaro que não passa horas no salão, ao contrário da peruca de Schwarza. Reclamam que falta "virilidade" (no sentido sexual) ao Conan novo. Ok, até acho que ele podia comer mais gente (embora duas num filme - hoje em dia - seja uma marca considerável), mas acho essa falha menos grave do que a falta de inteligência que passava o Conan antigo (por conta de seu intérprete, que mal sabia falar inglês quando o filme foi rodado). Os vilões do filme novo têm jeito de vilões do Conan, enquanto no filme antigo era James Earl Jones de franjinha! As sequências de luta do filme novo são sensacionais, em especial a luta contra os homens de areia e a luta sobre a mocinha que grita no final. Para não dizerem que eu estou detonando demais o clássico dos anos 80, a trilha sonora do antigo é muito melhor, e olha que a desse novo não chega a ser ruim. E o cartaz do filme anterior também é sem comparação.
Se você não é um schwarzeneguete, recomendo que assista esse filme sem preconceitos, e verá um excelente filme de aventura e fantasia.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Filme #19 - Sábado - 17/12/11

Águia Vermelha (Red Eagle, 2010)



Baixei aqui.

No impulso de ver muitos filmes diferentes, acabei topando com esse. Uma história de super-herói tailandesa, se passando num futuro próximo. Parecia promissor. Pois é, só parecia. 

Pra não dizer que o filme é uma catástrofe completa, a edição tem seus méritos e faz com que a coisa toda funcione por algum tempo. Porém, depois que passa a novidade, os defeitos do filme ficam evidentes demais para serem ignorados. 
A começar pela história, um amarrado de clichês preguiçosos que mal fazem sentido, guiada por um roteiro medonho, atuado por atores fracos fazendo papéis sem o menor carisma. As cenas de luta são extremamente mal coreografadas e vão ficando mais absurdas a medida que o filme segue. Essas sequências, juntamente com o figurino, dão a tudo uma cara de tokusatsu mal-feito. 
Enfim, só recomendo aos fanáticos por filmes orientais (oi, Dario!), e mesmo estes irão passar raiva, pois além de tudo, o filme não tem final! Isso mesmo, ele continuará em A guerra do Águia Vermelha: O psicobot mortal (é sério isso, gente!).

Filme #18 - Sexta-Feira - 16/12/11

Áfonya (Áfonya, 1975)


Assistido aqui.


Mais um filme soviético. Esse é uma comédia/conto moral dos anos 70. Pelo que li na wikipedia, foi um sucesso na época de seu lançamento. O personagem é um malandro, um beberrão que arruma confusões e cambalachos para sobreviver trabalhando menos. Isso fica mais interessante quando pensamos no contexto socialista da história. Em alguns momentos, me lembrou os filmes do Roberto Benigni. 
Graças ao canal do Youtube da Mosfilm estou tendo contato com todo um universo de filmes que era completamente desconhecido para mim. Recomendo fortemente para quem gosta de cinema. 


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Filme #17 - Terça-feira - 13/12/11

Se nada mais der certo (2009)


Foi por conta desse tipo de filme que eu decidi fazer o blog. Quando eu estava no Mestrado, nos idos de 2006, eu passava noites e mais noites em claro por conta de insônia. Com isso, eu assistia a Sessão Intercine quase todos os dias. Perdi a conta de quantas vezes assisti aquele filme sobre o sequestro da embaixada japonesa do Peru... Mas meu dia preferido era a segunda-feira, que tinha a Sessão Brasil.
É claro que eu vi muito filme merda nas segundas, mas foi interessante pra ver uma produção recente que só circula em cinema de tênis verde. É o caso do filme de hoje. O filme foi feito em 2008, lançado em 2009, com um elenco de atores famosos na TV (Cauã Reymond) e cinema (João Miguel) e eu nunca tinha ouvido falar.
A história é interessante: um jornalista passando por dificuldades por ter que sustentar uma amiga viciada acaba se envolvendo em uma série de crimes quando se envolve com uma jovem lésbica que se prostitui e um taxista. Os crimes vão ficando cada vez mais elaborados até chegarem a uma grande bolada envolvendo as eleições presidenciais.
Se apesar dos spoilers (não entreguei o final) você ainda quiser conferir, tem aqui pra baixar.

Filme #16 - Segunda-Feira - 12/12/11

American Pie: O livro do Amor (American Pie presents: The Book of love, 2009)



Fazem uma comédia adolescente apimentada. Dá certo, o filme é divertido. Fazem outra, não tão boa. Fazem uma terceira, e todo mundo percebe que o filme é sempre o mesmo, as piadas são sempre as mesmas, mudando somente os atores que interpretam personagens cada vez mais auto-referentes. Não, não estou falando de American Pie, estou falando de Porky's! O primeiro American Pie já era um sub-produto. Porém, o filme que assisti hoje é ainda pior: ele nem é da linhagem direta. É tipo uma franquia, cuja única exigência parece ser arrumar um papel pro Eugene Levy.
A Tela Quente costumava ter filmes pelo menos razoáveis. Ultimamente não tem passado nada que preste. Parece até que - para vender a TV por assinatura - a estratégia é piorar o conteúdo estrangeiro da TV aberta...

Filme #15 - Segunda-Feira - 12/12/11

Agulha (Igla, 1988)



Como eu já tinha dito, meu cunhado me passou alguns filmes em russo há algum tempo. Hoje assisti esse, que é um filme soviético, o que difere muito dos demais, que são russos mesmo. A começar pelo cenário: o filme se passa na antiga Alma-Ata (atualmente Almaty, no Casaquistão), e isso muda toda a fauna humana. A história é meio clichê de filmes de drogas - cara reencontra mulher que está viciada e enfrenta traficantes para recuperá-la - e a edição tenta soar pop e acaba parecendo com Armação Ilimitada em alguns momentos (nada mais justo, uma vez que a Armação era uma tentativa de linguagem pop na TV brasileira dos anos 80).
O filme é protagonizado por Viktor Tsoy, vocalista da banda Kino - uma das que eu mais ouvi nos últimos anos. Tsoy morreu pouco menos de 2 anos após o filme, e surgiu um verdadeiro culto sobre o cantor. Em Moscou e em São Petesburgo jovens se reúnem para homenageá-lo deixando cigarros e velas em muros grafitados com sua imagem.
A trilha sonora (também da banda Kino) é outro ponto forte, e a versão que eu consegui ainda tinha legendas nas músicas.
Enfim, não é um filme fácil. Tem que dar um desconto por se tratar de um filme dos anos 80, mas vale a experiência.

PS: Foi meu cunhado que me passou, mas achei o filme pra baixar nesse link. Não testei. Não me responsabilizo...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Filme #14 - Domingo - 11/12/11

Sua alteza (Your highness, 2011)


Baixei aqui.

Poucas coisas são tão sem sentido como uma comédia que não te faz rir. Sua alteza, no entanto, é pior do que isso. Além de não ter a menor graça, é também um péssimo filme de fantasia. A fita ficou famosa por ter uma cena com a Natalie Portman somente de fio dental. Nada que vem nos 55 minutos antes da breve cena nem nos 45 minutos que vêm depois vale a pena. Uma lástima.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Filme #13 - Quinta-Feira - 8/12/11

W (2008)


Já tinha um bom tempo que eu estava curioso para assistir esse filme do Oliver Stone. Trata-se de uma cine-biografia de George W. Bush, com ênfase em seu mandato, mas mostrando toda a trajetória da ovelha negra da influente família texana. Bush aparece no filme como um personagem complexo, capaz das maiores bobagens - principalmente durante sua juventude alcoólatra - que usou a política como um meio de se sentir aceito por seu pai, que nunca escondeu a preferência por seu irmão Jeb. Vemos o ex-presidente americano como vítima de péssimos conselheiros, que fizeram não só os americanos, mas o mundo todo viver a tensão das guerras.
O filme humaniza o personagem que foi demonizado por grande parte da mídia por quase 10 anos. Vemos que ninguém é tão bom ou tão ruim. O pesadelo de Bush ao final do filme (onde o pai de George W. - o também ex-presidente George Bush - diz que o filho enlameou o nome da família) e a pergunta da coletiva dão um tom melancólico e reflexivo ao fim do filme. Afinal: como a figura de George W. Bush passará para a história?
Vale ainda destacar as boas atuações de Josh Brolin no papel principal, James Cromwell como o Bush pai, Richard Dreyfuss como o vice Dick Cheney e Ellen Burstyn como Barbara Bush.

Quem quiser assistir, tem pra baixar aqui.

Filme #12 - Quinta-Feira - 8/12/11

Dália Negra (The Black Dahlia, 2006)


Esse filme eu tinha assistido no cinema, e quando vi para vender o DVD em promoção eu não pensei duas vezes. O filme é uma belíssima homenagem de Brian De Palma ao cinema noir. Talvez seja o canto do cisne do diretor, que fez filmes excelentes nos anos 80 (Scarface, Os Intocáveis, Pecados de Guerra) e depois se perdeu fazendo bobagens (Femme Fatale, Olhos de Serpente). O filme tem tudo que se pede para um bom noir: um protagonista incorruptível, personagens cinzentos, narração em off, fotografia sombria, crimes de difícil solução e muitas reviravoltas no final do filme. O filme é baseado em um livro de James Ellroy, baseado em um assassinato real que nunca foi solucionado. Pra quem gosta do estilo é um prato cheio...

PS: Tem um outro filme, do mesmo ano, com o mesmo nome. Eu nunca assisti, mas a única referência do diretor aparece numa lista do IMDB num top 10 de piores diretores de todos os tempos... E aí? Alguém encara?

Quem quiser assistir, tem aqui.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Filme #11 - Terça-Feira - 6/12/11

Alô alô Terezinha (2009)


Baixei Aqui.

Minha cunhada me indicou às cegas esse documentário, e valeu muito a pena por vários aspectos. O primeiro deles foi o tema. Preciso dizer: eu odiava o Chacrinha. Eu me lembro de ter uns 5, 6 anos, e ter somente os finais de semana para assistir TV. Porém, desde as 14h até a hora da novela, a TV só tinha um programa: O Cassino do Chacrinha. Em um tempo sem TV fechada, sem nem mesmo vídeo cassete, onde só pegava uns 3 canais na televisão... Enfim, era um pesadelo pra quem sempre gostou da caixa mágica. No entanto, apesar disso tudo, depois, mais velho, fui entendendo o valor e a graça do Velho Guerreiro. O programa era uma mistura bizarra de um Ratinho mais caótico com mulheres semi-nuas e música popularesca. Não tinha como não sair alguma coisa pelo menos curiosa dessa mistura.
A música é um show a parte do documentário. Logo no início, um calouro que havia sido "buzinado" várias vezes no Cassino declarava que achava Roberto Carlos "um bosta"! Até aí, tudo bem. Mais pra frente, temos Agnaldo Timóteo disparando sua língua de trapo pra cima de João Gilberto, Bossa Nova e Tropicália. Esse depoimento já é mais significativo: evidencia a existência de uma disputa velada entre a MPB - alinhada às elites intelectualóides - e a música popular - chamada de brega, tida como de mau gosto. O programa de Chacrinha era o principal ponto de mediação dessa disputa entre esses dois ramos tão distintos, que disputam - há quase 5 décadas - a primazia de representar não oficialmente o povo brasileiro. (Para mais, leiam a minha dissertação de mestrado).
Além disso, o filme tem a direção de Nelson Hoineff, jornalista responsável pelo marco do politicamente incorreto da TV Brasileira "Documento Especial", da TV Manchete. Com um estilo cru, ele não doura a pílula, mostrando o lado tosco dos entrevistados, expondo o ridículo que se leva a sério, e por isso mesmo constrange e diverte. Se ainda restou alguma dúvida, eu deixo um episódio do "Documento Especial". O filme do Chacrinha tem essa pegada. Divirtam-se.





Filme #10 - Terça-Feira - 6/12/11

Rango (Rango, 2011)


Baixei aqui.

Algumas pessoas têm um certo preconceito contra filmes em animação. Se esquecem que a parte principal da coisa é o "filme", que "animação" é somente o jeito de se contar a história. O problema é que alguns estúdios também se esquecem disso. Têm gráficos incríveis mas pecam pelas histórias ruins.
Além disso, existe um grande preconceito quanto aos filmes infantis. Alguns acham que as crianças são estúpidas, que para elas vale qualquer porcaria, que pode ser tudo meio mal feito, não tem problema.
Felizmente, os grandes estúdios de animação já se tocaram que um filme infantil pode ser um filme completo. Filmes como Wall-E e Os Incríveis já mostram que uma mesma história pode agradar adultos E crianças ao mesmo tempo, com elementos diferentes.
Pois Rango entra nessa categoria. É um filme fantástico. Desde já favorito para o Oscar de Melhor Filme de Animação, o filme de Gore Verbinski (na minha opinião - o melhor dele) merecia concorrer a todos os prêmios. Agrada em cheio àqueles adultos que gostam de um bom western, que poderão identificar as referências aos clássicos do estilo. E também é uma ótima diversão para as crianças, que vão se divertir com personagens inusitados como o lagarto xerife, o tatu-mexicano-místico e os roedores atrapalhados do saloon.
Levar uma criança para assistir Rango é um bom caminho para que ele goste dos filmes de Sérgio Leone e Clint Eastwood.
Mais do que recomendado, este é um dos melhores longas de 2011 - de animação ou não - que eu vi esse ano.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Filme #9 - Terça-Feira - 6/12/11

A ilha do medo (Shutter Island, 2010)


Já tinha assistido esse filme em Blu-Ray, mas acabei pegando o filme já iniciado no TeleCine Premium. Perdi os 15, talvez 20 minutos, mas me lembro bem do filme. Scorsese ainda tem a manha de fazer filmes assustadores. É claro que A ilha do medo não chega aos pés de Cabo do Medo (Cape Fear, 1991), - do mesmo diretor - mas é um excelente filme. A atuação de DiCaprio consegue convencer e as reviravoltas do roteiro são fluidas, sem muita forçação de barra.
Recomendado.

PS: A dublagem brasileira não incomoda, mas não entendo o propósito de um canal de filmes passar toda a sua grade dublada. Por mais que as pesquisas digam que os telespectadores preferem filmes dublados, a lógica da TV a Cabo é justamente ter opções. Bons tempos do TeleCine Premium em inglês e TeleCine Pipoca com os mesmos filmes em português... Opção, é disso que estamos falando!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Seriado #1 - Sábado - 03/12/11

The Walking Dead (2010 e 2011)

Como eu disse, o final de período está me complicando para assistir filmes. Porém, dá pra continuar acompanhando os seriados, por estes terem episódios menores.
Nesse final de semana eu acabei de ver a primeira metade (agora só volta no dia 12 de fevereiro) da segunda temporada de The Walking Dead, sensacional série de zumbis baseada em quadrinhos homônimos. Se você ainda não viu, recomendo que tire 12 horas da sua vida para assistir às duas temporadas e se inteirar do que está sendo feito de melhor na TV americana.


Baixei aqui

Daqui pra frente, o spoiler come solto. Leia por sua conta e risco.


O grande mestre dos filmes de Zumbi, George Romero, sempre fez questão de afirmar que os zumbis na verdade eram personagens criados para analogia. Para Romero, os Zumbis representavam os excluídos, os sem-voz da sociedade. E é sob essa ótica que aprendi a observar os desmortos.
O zumbi, enquanto monstro, é fraco. Ele é previsível. A graça dos filmes de zumbi nunca esteve nas perseguições e sustos, e sim nas relações humanas entre os sobreviventes nessa condição extrema (o melhor filme de Zumbis de todos os tempos, Despertar dos Mortos, chega a ter quase uma hora sem que nenhum morto-vivo rasteje pela tela). O seriado da AMC não é diferente.
Nessa segunda temporada, os sobreviventes conseguem chegar a um porto-seguro, uma fazenda onde eles conseguem se ver quase a salvo da infestação zumbi que tomava conta do mundo. A permanência dos sobreviventes estava sujeita a uma série de regras básicas, impostas pelos donos da fazenda. Porém, nos dois últimos episódios, é revelada uma situação nova: o dono do lugar se recusa a matar os "errantes", preferindo trancá-los em seu celeiro, onde eles não podem fazer mal a ninguém. O argumento de Hershel (o dono da fazenda): Aqueles são seres humanos. Doentes, famintos, mas ainda pais, mães, irmãos e esposos de alguém.
Isso deflagra um verdadeiro motim entre os sobreviventes. Shane, o herói sem caráter, lidera os sobreviventes em uma matança sem piedade. O que legitima a matança de Shane? "Eles não são como nós. Eles não morrem (ou seria "vivem") como nós".
Se pararmos para pensar, o pensamento de Shane é a origem de todas as guerras. Mesmo que o outro não constitua uma ameaça imediata, é quase impossível simplesmente tolerar sua presença. "Os zumbis os matariam sem dó", argumentaria alguém. Mas é o fato dos "sobreviventes" não matarem sem sequer refletir que os torna diferentes dos errantes. A fazenda de Hershel era a civilização em meio ao caos que se tornou o mundo na praga. Ao atirar no primeiro zumbi do celeiro, Shane trouxe a barbárie para aquele refúgio. Sem respeitar as regras estabelecidas, sem respeitar a hierarquia do próprio grupo, sem preservar os valores humanos que são tão caros a todos, Shane igualou vivos e mortos com um puxão de gatilho.
Afinal, o que é ser zumbi hoje em dia?

Recomendo o disco ZombieOper: Um ensaio sobre o apodrecimento da humanidade em 2 atos. Ouça aqui.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Semana de retalhos

Essa semana, por conta do final do semestre, eu não estou conseguindo assistir a nenhum filme inteiro. Vi um bom pedaço do "Na Teia de Aranha" (Along came a spider, 2001 - Bem mais ou menos), um trechinho de "Dirty Dancing - Ritmo quente" (Dirty Dancing, 1987 - Eu detesto, mas era sala de espera) e agora está passando minha comédia romântica favorita - "Um lugar chamado Notting Hill" (Notting Hill, 1999). Infelizmente, pra variar, mesmo que eu tivesse tempo, a Globo está picotando o filme na Sessão da tarde - a um ponto de quase não dar para entender o que está acontecendo. Não entendo porque uma emissora se presta a esse papel. Seria preferível procurar um filme que coubesse na janela que eles têm na programação. Se você mora em Marte e nunca viu esse clássico, ou assim como eu gostaria de revê-lo, baixe aqui.


Quando eu era aluno, reclamava que o fim de semestre era terrível. Agora que sou professor, sei que é muito pior. Antes eu tinha que fazer uns 5 ou 6 trabalhos ou provas. Agora tenho 20 provas e 47 trabalhos para corrigir até a semana que vem... Quando receberei mais 47 trabalhos! E ainda tenho que preparar segunda chamada e prova final... Professor sofre!

domingo, 27 de novembro de 2011

Filme #8 - Domingo - 27/11/11

500 dias com ela ( (500) days of summer - 2009)


Baixei Aqui.

Se eu tivesse assistido esse filme com 20 anos, eu ia adorar. Ia me identificar com a vida do cara (acho que todo mundo já viveu situações desse tipo), ia me apaixonar pela Zooey Deschanel, ia curtir a estética indie/cult do ambiente onde eles viviam... Acontece que eu não tenho mais 20 anos. Dez anos se passaram e eu mudei. Hoje, sinto raiva da idiotice do protagonista (assim como sinto raiva das minhas patetices passadas), acho a Zooey Deschanel uma versão sem graça da Katy Perry (essa sim), acho ridícula a forçação de barra hipster dos personagens (Quem usa terno justo e gravata estreita todos os dias?). Como disse a Cecília (minha senhora) - "eu tenho raiva dessas pessoas confusas. Confusas de forma psiquiátrica". Foi isso que eu senti pela Summer. Enquanto eu assistia, eu tinha a sensação de estar assistindo um "Alta Fidelidade" adolescente, mas sem a graça, sem carisma... E olha que o filme do Alta Fidelidade já é muito fraco se compararmos ao livro. As citações musicais me pareceram forçadas, exageradas, gratuitas.
Porém, ao assistir, eu tive a sensação de estar assistindo algo que vai ditar os clichês dos alternativos pros próximos anos. Como em "O fabuloso destino de Amélie Poulain", o filme nem tem culpa das meninas agindo feito idiotas e dos caras GOSTANDO disso que vão surgir por conta dele. Mas eu vou detestar da mesma forma.

PS: Esqueci de comentar - Pelo menos esse filme gerou uma tirinha muito bacana do meu amigo Raphael Salimena (http://www.linhadotrem.com.br):

sábado, 26 de novembro de 2011

Filme #7 - Sábado - 26/11/11

O filho de Jo (Le Fils à Jo, 2010)




Peguei esse filme por seu apelo óbvio, o rugby, mas acabou sendo uma grata surpresa assistir a um filme leve, divertido, que fala também de paixão, dedicação e relações familiares.
Comecei a me interessar por Rugby em 2008, quando minha mãe, voltando de uma viagem à França, me trouxe um agasalho da Copa do Mundo de Rugby de 2007. Eu sabia mais ou menos do que se tratava o esporte, mas acabei procurando saber mais. Em 2009, jogava futebol com um cara que treinava rugby em Juiz de Fora. Dizia que iria, mas sempre desanimava. Até que em 2010, com a onda pós-Invictus, aconteceu uma partida do Campeonato Mineiro de Rugby em Juiz de Fora e eu fui assistir. Na semana seguinte eu já estava treinando e me apaixonei pelo esporte. Em 2011, cheguei a disputar o mineiro pelo JF Rugby, mas me lesionei em maio e já se vão 7 meses parado. Por isso, assistir jogos, jogar rugby no video-game e assistir filmes que tratem do rugby tem sido um bom meio de permanecer em contato com o esporte (mas em 2012 eu tô de volta).
O Filho de Jo é diferente dos outros principais filmes sobre o Rugby por que trata o esporte como uma coisa menos mitificada. Invictus tem toda a carga simbólica, de unir a nação sulafricana e tals, e Para sempre Vencedor transforma o Rugby numa coisa quase religiosa (não por acaso, já que conta a história de um time que era dirigido por um famoso pregador mórmon. Em uma sequência, um personagem fala "O verdadeiro Rugbier não bebe álcool". Eu quase escangalhei de tanto rir...). Além disso, o Rugby no Brasil é fortemente influenciado pelo Rugby inglês (que é a principal influência do Rugby de nossos vizinhos - Argentinos). O rugby inglês é muito tradicionalista, mas em alguns momentos é tão respeitoso que chega a ser frio. Em O filho de Jo, vemos o rugby francês, que é mais vibrante, onde a torcida grita na hora do penal e xinga o juiz. Tem muito mais a ver com nosso país do que o respeito excessivo dos britânicos e hermanos. Alguns temem esse tipo de coisa. Dizem que se o Brasil enveredar por esse caminho, o rugby brasileiro pode se tornar mais uma "jabuticaba". Pois eu digo: que se torne! Adotemos a Jabuticaba como símbolo da nossa seleção. Não quer dizer que teremos um rugby vergonhoso como o futebol brasileiro, e sim que não precisamos ficar de macacos de imitação de ingleses ou argentinos. Podemos ser respeitosos E desontraídos. Não precisamos de tanta formalidade, não precisamos ser tão solenes - principalmente enquanto torcedores.
Digressões a parte, o filme é um pouco sobre filhos seguirem seus próprios caminhos, mesmo que seja para fazer a mesma coisa que os pais. Pensemos nisso.

PS: Esse filme eu assisti com legendas em inglês, mas sei que alguns colegas do meu time não dominam o idioma. Por isso, estou aos poucos traduzindo as legendas para o português brasileiro. Deve demorar um pouco, mas quando estiver pronto eu coloco aqui no Blog.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Filme #6 - Sexta-Feira - 25/06/11

Cthulhu (Cthulhu - 2007)


Baixei aqui.

Assistir um filme todo dia tem uma certa dose de masoquismo. As vezes acho alguns filmes que são tão ruins que causam DOR. Esse é o caso desse filme. Baixei por que é baseado na obra de H.P. Lovercraft. Não, eu nunca li os livros do Lovercraft, mais por falta de tempo (minha lista de livros a serem lidos é longa) do que por falta de interesse, mas achei que seria uma boa introdução. Pelo que sei, os livros tratam de pessoas que são expostas a segredos sobre Deuses Ancestrais e cultos malignos que acabariam por enlouquecê-las. Justiça seja feita, isso tudo está no filme. O problema é que é tudo MUITO mal feito. Já vi bons filmes com roteiros piores do que Cthulhu, mas a direção e - principalmente - as atuações colocam tudo a perder.
Quando vemos um filme sem atores conhecidos, pode ser que seja bom. Filmes cheios de atores desconhecidos protagonizados por um ator conhecido pode indicar um projeto pessoal daquela estrela. Agora, quando o artista "conhecido" era coadjuvante de uma série, e é coadjuvante do filme, é pra temer. Entre a trama angustiante e os monstros mostrados no filme, o que dá mais medo é a atuação especialmente ruim de Tori Spelling, que fazia a Donna no seriado Barrados no Baile.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Filme #5 - Quinta-Feira - 24/11/11

Pura Adrenalina (Bottle Rocket, 1996)



Baixei em algum lugar que não consigo me lembrar.

Esse é o primeiro longa metragem do diretor Wes Anderson (e único live-action que faltava para eu assistir). Mais uma vez (ou seria "pela primeira vez"?) personagens desajustados e situações constrangedoras. Mais uma vez, um bom filme. Porém, acho que é o mais fraco do diretor (o que não chega a ser um demérito - era o primeiro filme). Na minha opinião, a ordem é:

1) Os Excêntricos Tenenbaums
2) Três é demais
3) Viagem a Darjeeling
4) A vida marinha de Steve Zissou
5) Pura adrenalina

Falta agora assistir a animação "O Fantástico Sr Raposo".

Enfim, é um dos meus diretores atuais favoritos.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Filme #4 - Terça-feira - 22/11/11

Irmão (Brat, 1997)


Quem me conhece sabe que eu tenho muito interesse pelas coisas da antiga URSS. Acho muito interessante a ideia de saber como era tudo do lado de lá da Cortina de Ferro, tentar entender o que acontecia do lado "inimigo" da Guerra Fria. Entendam-me: Não sou comunista, socialista, nem me seduz a ideia de uma ditadura totalitária, mas me desperta tremenda curiosidade o lado vermelho. Com a internet, fui conhecendo um pouquinho da história e da cultura - principalmente da música - da União Soviética e das repúblicas independentes que surgiram dali.
Há mais ou menos um ano meu cunhado começou a se corresponder com uma russa, que hoje é sua namorada. Ela indicou alguns filmes para ele, que me passou. As legendas são em inglês, e falham em alguns momentos (faltam legendas nas placas - por exemplo), mas dá pra entender bem. São 3 filmes, um dos anos 80, os outros dois são do final dos anos 90. Os filmes ficaram mofando no meu HD, e hoje eu peguei para assistir o primeiro.
"Irmão" é um filme de 97 e conta a história de Danila, um ex-militar que sai de sua pequena vila no interior da Rússia para morar com o irmão mais velho em São Petesburgo. Lá, acaba entrando para o ramo de negócios do irmão, um matador de aluguel. A história em si não é nada demais, mas o é interessante para se ver a estética - que lembra a do cinema europeu dos anos 80. A trilha sonora é bem legal, com muita coisa da banda Nautillus (o protagonista é um grande fã). Durante todo o filme, enquanto Danila cometia seus crimes, era impossível não relacionar com GTA IV. Se Danila pegasse um barco e fosse pros EUA, provavelmente se tornaria um Niko Bellic.
Vale a pena assistir.

PS: O pessoal teve as manhas de achar gente FEIA pra esse filme... PQP!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Filme #3 - Segunda-feira - 21/11/11

Missão quase impossível (The spy next door, 2010)


Assisti na Globo - Tela Quente

Eu adoro o Jackie Chan, mas esse filme é muito fraquinho. Nada mais do que um genérico de "Operação Babá", de 2005. Não dá pra entender o porquê de praticamente refazerem um filme que já não tinha sido grande coisa. Mesmo o carisma de Chan parece estar apagado nesse filme, que é uma comédia que não faz rir, uma história familiar que não emociona... Até as clássicas cenas de luta desse filme estão piores! Enfim, 2 horas perdidas.

Mas já!?!

Sinceramente, eu não esperava ter que vir aqui falar de qualquer coisa que não filmes tão cedo. No entanto a escrotidão humana é tamanha que é capaz de atrapalhar quaisquer planos. O filme que assisti hoje foi Um Golpe do Destino (The Doctor), mas não vão faltar oportunidades para comentar esse, já que eu o uso em sala de aula todo semestre. Assim sendo, vou ter que comentar algo bem mais chato.
Pelos dois primeiros filmes, vocês já devem ter reparado que minha maior fonte de filmes atualmente tem sido o site Filmes com Legendas. Pois, hoje entrei para ver as novidades e vi com tristeza que o site foi invadido e está fora do ar. Eu não entendo o que leva uma pessoa a ficar fuçando falhas de segurança de um site que disponibiliza conteúdo gratuito. Ora! Vão invadir a NASA ou a CIA... Derrubar o blog em dia de lançamento do Walking Dead é MUITO vacilo.
Que os responsáveis sejam seguidamente sodomizados no inferno enquanto assistem eternamente a filmografia do Zack Snyder (menos o "Madrugada dos Mortos").


domingo, 20 de novembro de 2011

Filme #2 - Domingo - 20/11/11

Bubba-Ho-Tep (Bubba-Ho-Tep, 2002)



Baixei aqui.

Terror não é um gênero que me atrai muito. No entanto, os filmes trash sempre me agradaram pela honestidade. Sabe, a coisa de saber que está sendo ridículo e ainda assim levar a sério! Pois, se tirarmos os efeitos especiais bizarros e a trama estapafúrdia, tudo nessa galhofa é levado a sério. Bruce Campbell é um canastrão de primeira e encarna Elvis com muita dignidade. É aquela coisa de que quem conta a piada não pode rir dela. Bubba-Ho-Tep é um filme muito legal para quem entender que sua proposta é ser uma galhofa, mas nem por isso avacalhado. Os monologos de Elvis são impagáveis, e o absurdo da coisa toda é recompensador. Cinema levado como entretenimento, como forma de contar uma história. O cinema seria melhor se tivéssemos mais Bubba-Ho-Teps do que "filmes de arte".

PS: não estou dizendo que não deviam existir filmes de arte, ou que filmes de arte são necessariamente ruins, mas parece que cada garoto que sai de uma escola de cinema se sente o Godard... É o que o Tom Zé chamava de Complexo de Épico:

Por que então esta mania danada,
esta preocupação

de falar tão sério,
de parecer tão sério
de ser tão sério
de sorrir tão sério
de chorar tão sério
de brincar tão sério
de amar tão sério?

Ai, meu Deus do céu,vai ser sério assim no inferno!

sábado, 19 de novembro de 2011

Filme #1 - Sábado - 19/11/11

Origem Secreta - A história da DC Comics (Secret Origin - The story of DC Comics - 2010 )



Baixei AQUI.

É um documentário institucional, oficial, então eu não esperava ver nenhum assunto polêmico. O foco é na editora, e não nos personagens, o que me frustrou um pouco. É legal ver os depoimentos dos escritores, que são muito didáticos para explicar a evolução das eras, a crise editorial dos anos 50 e tudo mais. Mas nem uma palavrinha sobre a "Crise nas Infinitas Terras"? É claro que o documentário foi feito já tendo em mente o Reboot desse ano, e talvez essas omissões sejam propositais, mas senti falta. Vale muito para explicar um pouco do fascínio que as HQs de super-heróis exercem sobre milhares de pessoas.
Eu gosto de quadrinhos desde que era criança. Comecei, como quase todo brasileiro, pelas revistas do Maurício de Souza, mas muito cedo pulei para os quadrinhos de super-heróis. Me lembro de juntar dinheiro - ou pior, pegar emprestado com meu irmão mais novo - para comprar quadrinhos do Homem Aranha. Há já algum tempo só compro revistas especiais. Não compro nenhuma revista mensal, mas mesmo assim dou "algum jeito" de acompanhar o que tem acontecido no mundo dos quadrinhos, em especial na DC Comics.
Desenvolvi uma teoria - que é falha em muitos aspectos, mas serve perfeitamente para um botequim - sobre a relação das pessoas com os quadrinhos de super-heróis (que diz mais sobre a MINHA relação com quadrinhos):
Na infância, eu lia Homem-Aranha. É um quadrinho sobre crescer. "Grandes poderes trazem grandes responsabilidades". É perfeito para um garoto de oito anos que acaba de receber as chaves de casa, ou que ganhou permissão para ir de bicicleta sozinho para a escola. Mesmo com todas as cagadas editoriais que a "Casa das ideias" fez com o personagem, o amigão da vizinhança para sempre terá um papel fundamental no que eu sou hoje. Um pouco mais velho, na adolescência, comecei a ler X-men (que por muitos anos foi "Xis-men" pra mim). Muito já foi dito que os mutantes de Stan Lee seriam uma metáfora para negros, ou para homossexuais, mas a real é que as histórias são sobre inadequação. Um eterno lamento de "porquê o mundo não me compreende!?". Quer coisa mais adolescente do que isso? Quando me tornei um jovem adulto (ali pelos 20, na faculdade), queria quadrinhos mais adultos, mais sérios. Nos enlouquecidos dias do início desse século (ainda sob forte influência dos anos 90), "adultos" e "mais sérios" se resumiam a "violência". É a época de ler Justiceiro, Demolidor, e mesmo o Batman, esses anti-heróis que não só são hostilizados pela sociedade: eles realmente agem ACIMA da lei. Se acham acima de qualquer julgamento moral. É com essa arrogância que chegamos à faculdade e, infelizmente, muitos jamais passam dessa fase... Como vocês podem ver, até os vinte e poucos, eu era um marvete de carteirinha. Mais ou menos aos 22 eu parei de ler quadrinhos por um tempo. Até curtia quando alguma coisa passava por mim. Mas não tinha mais tempo pra quadrinhos, tinha que ler muita teoria. Muito sério.
Na reta final do mestrado, quando eu tinha uns 26 mais ou menos, sentia falta de ler algo que me distraísse, mas não tomasse muito meu tempo. E lá estavam os quadrinhos nas bancas, me esperando. Porém, os caminhos que eu conhecia não me atraiam mais. Por isso, para meu "eu" adulto, a DC me parecia mais sedutora, com sua simplicidade. Aos vinte e muitos, os quadrinhos eram uma forma de me conectar com meu "eu" infantil. Eu não queria ler sobre um mundo onde vilões e heróis se confundem, eu queria um mundo preto no branco (eu ainda não tinha lido "O reino do amanhã", mas hoje essa revista resume o que eu acho sobre os quadrinhos "adultos" dos anos 90 e 00. Se você ainda não leu, baixe aqui). Foi nessa época que me apaixonei pela Sociedade da Justiça da América. Recentemente tenho me interessado cada vez mais pelo Super-Homem. Consigo até imaginar o Rafael de 13 anos - "rebelde' - me olhando com jeito de repúdio: como assim? O escoteirão? Num arco recente da SJA, em um dado momento, alguém comentou que o que faz do Super-Homem o maior herói de todos não é a parte Super, e sim a parte Homem. Eu adoro Quentin Tarantino, me divirto com a análise do personagem de Kill Bill, mas acho que ele não poderia estar mais errado. Clark Kent não é uma caricatura da humanidade. É o resultado do maior poder do homem da capa: super empatia. Super capacidade de compreender que os humanos temem e usar essas "fraquezas" para impulsionar heroísmo.
Não sei como será minha relação com os quadrinhos daqui a alguns anos, mas acho que dificilmente eles deixarão de fazer parte da minha vida. Será que eu vou chegar a ler Tex?

(PS: Não se iludam, a maioria dos textos desse blog terá 1/5 desse tamanho.)


Primeiramente...

A ideia desse blog não é ser uma referência para crítica de cinema. Nem é fazer crítica de cinema, na verdade. É mais para comentar os filmes que eu assisto. Assisto quase um filme por dia, e muitas vezes depois de uns tempos eu nem me lembro se achei o filme bom ou ruim. Por muito tempo eu mantive um arquivo do word com os filmes que eu assistia nos cinemas (o que não chega a um décimo de todos os filmes que eu assisto), mas mesmo este arquivo se perdeu depois de sucessivas trocas de computador.
Escrevo esse blog para mim. Além de autor, meu principal leitor sou eu mesmo, daqui a algum tempo. Não estou preocupado se as pessoas vão ler esses comentários ou não, embora talvez eu me divertisse com outras opiniões sobre os filmes aqui comentados. Eventualmente devo viajar para além dos filmes comentados, colocando algo sobre alguma série ou livro, ou mesmo quadrinho que tenha lido. Enfim, leia por sua própria conta e risco.